ESTÉTICA

Argoplasma é a nova tecnologia que restaura a pele e trata flacidez

Ele pode ser aplicado diretamente na pele, tratando a flacidez e promovendo regeneração e rejuvenescimento

Publicado em: 16/09/2024 10:30

 (Foto: Freepik)
Foto: Freepik

 

O argoplasma, também conhecido como plasma de argônio, é uma técnica estética inovadora que trata uma variedade de condições da pele e tem múltiplas funções. A tecnologia usa o gás argônio ionizado para criar um ‘jato de plasma’ que pode ser aplicado diretamente na pele, tratando a flacidez e promovendo regeneração e rejuvenescimento. 

 

Segundo o Dr. André Eyler, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgeons, o argoplasma é um recurso de última geração que pode ser usado imediatamente após a lipoaspiração para auxiliar na retração da pele. “Sua precisão e eficácia é um novo dispositivo muito promissor para tratar a flacidez da pele em lipoaspirações, uma vez que restaura a elasticidade da pele e permite ao paciente a possibilidade de alcançar resultados ainda mais avançados”, afirma o especialista.

 

O argoplasma atua através da aplicação controlada de energia de plasma no interior do tecido subcutâneo através das mesmas incisões da lipo. Com a associação de gás ionizado (argônio) e corrente elétrica, o plasma é gerado e, a partir de então cria pequenas lesões térmicas na camada dérmica. Essas microlesões desencadeiam um processo de cicatrização natural, no qual a produção de colágeno é estimulada, levando a uma pele mais firme e tonificada. Um dos seus principais benefícios e vantagens dessa tecnologia também é a aceleração da regeneração do tecido danificado, o que contribui para uma recuperação pós-operatória mais rápida.

 

Mas, por ser multifacetado, o plasma de argônio possui a capacidade de estimular a produção de colágeno em várias regiões do corpo, por isso pode ser aplicado no tratamento de rugas, linhas finas e flacidez da pele. “Ele estimula a produção de colágeno e elastina, essenciais para uma pele rejuvenescida e firme. Também comparado a outros procedimentos, é minimamente invasivo e não requer tempo de recuperação prolongado, permitindo que o paciente retorne logo às suas atividades normais”, garante o cirurgião plástico.

 

O método ainda traz benefícios no tratamento de lesões cutâneas, como cicatrizes de acne, estrias e outras imperfeições do tecido cutâneo, promovendo uma pele mais uniforme, com viço e macia.

 

O cirurgião plástico acrescenta que o procedimento pode ajudar a clarear manchas escuras, melasma e hiperpigmentação, resultando em um tom de pele mais equilibrado. “Se realizado por profissionais qualificados, o tratamento com argoplasma é seguro e tem baixo risco de complicações”, afirma o Dr. Eyler.

 

Técnicas diversificadas

O especialista aponta que existem técnicas específicas do argoplasma e destaca algumas delas. Uma é a aplicação direta, que usa um dispositivo que gera plasma diretamente na superfície da pele. A intensidade e a duração do tratamento são ajustadas conforme a condição a ser tratada. Outra é o uso do plasma fracionado, que é similar ao laser fracionado. Neste o plasma é aplicado em pontos específicos da pele, promovendo regeneração e tratamento localizado.

 

Já a subcisión com plasma é uma técnica combinada que utiliza plasma para tratar cicatrizes e rugas profundas, liberando fibroses subcutâneas e estimulando a regeneração da pele. Por fim, pode ser realizado através do peeling com plasma, que remove as camadas superficiais da pele, melhorando e restaurando a textura.

 

O Dr. André Eyler recomenda que para manter os resultados em determinados casos pode ser preciso realizar sessões de manutenção periódicas.

 

Apesar de raro, o argoplasma pode ter alguns efeitos colaterais, entre eles vermelhidão, inchaço, crostas ou hiperpigmentação temporária na área tratada. Ele também é contraindicado para certas condições médicas pré-existentes, como distúrbios de coagulação, infecções na área de tratamento, gravidez e alergias cutâneas.

 

Antes de realizar o procedimento, o Dr. Eyler ressalta que é necessário fazer uma avaliação médica minuciosa para determinar se o paciente é um candidato adequado.