Raridade
Síndrome da Pessoa Rígida é mais comum em mulheres de 20 a 50 anos
A doença rara atinge uma a cada um milhão de pessoas no mundoPublicado em: 07/08/2024 08:01
Segundo o neurocirurgião Antonio Marco, a doença exige o acompanhamento de diversas especialidades. (Marina Torres/DP) |
Considerada rara, a Síndrome da Pessoa Rígida é uma doença neuromuscular que provoca uma rigidez intensa e progressiva, comprometendo a mobilidade e a qualidade de vida dos pacientes. Mais comum em mulheres entre 20 e 50 anos, o problema atinge uma a cada um milhão de pessoas em todo o mundo. No último ano, a condição ganhou destaque após a cantora canadense Céline Dion revelar sofrer com a síndrome em um documentário sobre sua vida e carreira.
Apesar de acometer pessoas mais jovens, os sintomas geralmente só começam a aparecer após os 30 anos. A doença se manifesta com rigidez e dor muscular que vão se agravando com o tempo e atrapalham até a respiração. Os pacientes podem experimentar espasmos e contrações involuntárias, o que torna as atividades comuns do dia a dia extremamente difíceis. A síndrome está frequentemente associada a distúrbios autoimunes, como diabetes tipo 1, mas também pode ocorrer com outros problemas neurológicos. O diagnóstico é realizado com a combinação de exames clínicos, avaliações neurológicas e exames de imagem.
Segundo o neurocirurgião Antonio Marco, coordenador do setor de Neurologia do Hospital Jayme da Fonte (HJF), o tratamento da condição precisa ser multidisciplinar. “A doença exige acompanhamento neurológico, psicológico e fisioterapêutico. E deve ser feito com uso de medicamentos antiespasmódicos, relaxantes musculares e agentes imunossupressores para controlar a rigidez e os espasmos. Outros tratamentos, não farmacológicos, podem incluir: massagem, yoga, quiropraxia, manipulação osteopática, almofada de terapia de calor, hidroterapia e fisioterapia”, explica.
A doença não tem cura e a sua progressão varia de acordo com cada paciente. Porém, é possível controlar os sintomas e garantir a qualidade de vida das pessoas que sofrem com a síndrome. Por isso, o ideal é seguir o tratamento correto, identificando e tratando o que pode causar as crises de rigidez (como diabetes tipo 1, câncer, problemas da tireoide e doenças autoimunes).
Com uma equipe composta por neurocirurgiões, fisioterapeutas e outros especialistas, o Hospital Jayme da Fonte oferece tratamento para diversas condições neurológicas. A unidade conta com um centro de diagnóstico por imagem, urgência e emergência, além de consultas ambulatoriais.
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