Especialista explica as disfunções capilares no pós-parto

Você sofre com queda de cabelo ou disfunções capilares após a gravidez? Calma, não se assuste! Saiba que esse é um problema até recorrente nesta fase e que afeta muitas mulheres, sendo considerado bastante comum. A diretora da Sociedade Brasileira do Cabelo e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, Dra. Joana D`arc Diniz, diz que essa perda geralmente acontece de modo gradual, porque a maioria que se encontra na condição pós-parto entra na chamada fase do eflúvio telógeno fisiológico, uma etapa de repouso dos fios. “O cabelo tem basicamente três fases cíclicas e ela se intercala de acordo com alterações hormonais, idade, agentes externos entre outros fatores que podem favorecer ou inibir esse processo”, explica a Dra. Diniz, especialista em dermatologia e tricologia.

A médica também afirma que no caso específico do pós-parto, a queda de cabelos está associada, principalmente, as modificações das taxas hormonais. No entanto, aponta ainda que esse período pode ser também marcado pelo estresse causado pela transformação na vida da mulher, com muitas mudanças e novos hábitos incorporados a sua rotina diária.  “Mas, essa transição dos folículos capilares na fase de repouso faz parte mesmo do processo e, para quem nunca teve esse tipo de problema antes da gravidez não há motivo de preocupação, pois vai passar”, assegura.

É claro que para haver uma estabilização dos hormônios e do estado emocional isso demanda um determinado tempo, que costuma levar de 3 a 6 meses. “Essa perda de cabelo durante essa fase é uniforme e difusa. Ou seja, não tem ou surgem areatas, que são falhas localizadas, às vezes acentuadas e sempre bem definidas no couro cabeludo. Mas se caso notá-las busque um médico especialista, porque esta sendo provocada por algum distúrbio capilar”, indica a tricologista.

De acordo com a Dra. Diniz, é importante alertar que algumas mamães podem apresentar a queda de fios por um período mais longo, inclusive com um agravamento do quadro. Geralmente isso decorre de doenças autoimunes, tireóide, problemas nutricionais e anemia, assim como fadiga, depressão ou ansiedade. “Deve ser investigado e avaliado por um profissional especializado”, recomenda.  

Porém, como a pós-gravidez traz inúmeras transformações no corpo feminino, os cabelos não estão isentos delas e, por isso podem também operar variações na textura e deixá-los, por exemplo, mais oleosos ou secos.  A Dra Diniz, entretanto, destaca que tratamentos dos fios e estimulação do crescimento antes ou depois da regularização hormonal necessitam de ajuda do tricologista para analisar o couro cabeludo e indicar quais procedimentos são permitidos. E aquelas que já tinham algum comprometimento na saúde capilar antes de engravidar exigem mais cuidados e devem ter acompanhamento de um especialista da área durante a gravidez e na amamentação.