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IDOR coloca a ciência médica brasileira em destaque no mundo

Publicado: 09/03/2023 às 09:56

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Em 2010, no Rio de Janeiro, um grupo de médicos pesquisadores apaixonados pela ciência apostou em um sonho grandioso: produzir ciência de impacto para o Brasil e o mundo. Hoje, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) é uma das instituições que mais contribui com a pesquisa médica nacional, com pesquisadores líderes em suas áreas de conhecimento científico, e que desenvolvem projetos próprios ou em parceria com cientistas de mais de 80 países. 

O IDOR é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem como principal mantenedora a Rede D’Or, maior empresa de saúde privada da América Latina. Essa é uma das posições que a rede ocupa. Segundo o Scival, plataforma da Elsevier que permite levantar dados globais sobre o desempenho de artigos científicos, o IDOR ocupa a 5ª posição no mundo em scores de Fisiologia (publicações de Medicina Intensiva), o que o coloca à frente de instituições como a Universidade de Oxford e do Massachusetts Institute of Technology (MIT). E essa é só uma das posições de destaque que o instituto ocupa. 

“Desde o início, mobilizamos recursos e estimulamos nossos pesquisadores a contribuir com soluções para desafios atuais e futuros, com o objetivo de melhorar a condição de vida das pessoas”, conta Fernanda Tovar- -Moll, presidente do IDOR. Além da pesquisa, a instituição atua nos pilares de ensino, com programas de doutorado, pós-graduação e cursos de graduação na Faculdade IDOR de Ciências Médicas, no Rio de Janeiro, e na Faculdade Unineves, em João Pessoa, além de programas de Residência Médica em outros estados. 

Alguns de seus pesquisadores estão entre os top 5 em suas áreas. Em menos de duas décadas, a excelência em pesquisa desenvolvida na organização viabilizou a publicação de mais de 1.800 artigos em revistas científicas internacionais, que renderam mais de 33 mil citações. Reunindo mais de 100 pesquisadores de diferentes expertises, o IDOR produz pesquisa em 12 áreas, entre as quais neurociência, oncologia, patologia, pediatria, gastroenterologia, medicina intensiva, infectologia, hematologia e terapia celular. Presente em 9 estados do país, o instituto cresce de forma integrada à expansão da Rede D’Or, beneficiando-se da capilaridade do grupo, que conta com 72 hospitais e 56 clínicas de oncologia em todo o país. 

“Uma das nossas metas, ao contribuir para o avanço científico, é devolver isso à sociedade, melhorando as práticas médicas e o atendimento em saúde”, comenta Fernanda Tovar- -Moll. Um exemplo da ciência de dados aplicada à saúde é o trabalho coordenado pelo médico intensivista e pesquisador de renome internacional Fernando Bozza, que estuda um dos maiores desafios médicos da atualidade: o aumento da resistência antimicrobiana, especialmente nas UTIs. 

NORDESTE
 
O IDOR chegou em Pernambuco, em 2021, já contribuindo com a inclusão do primeiro paciente da América Latina em um estudo chamado GSR Define, que estuda a denervação renal (tratamento que utiliza um cateter para reduzir a pressão arterial) em pessoas com hipertensão resistente. Atualmente, cinco pacientes do Hospital Esperança Olinda participam da pesquisa. Cardiologia e oncologia são as áreas que concentram o maior número de pesquisadores, vinculados aos quatro hospitais da Rede D’Or na região (Esperança Recife, Esperança Olinda, São Marcos e Memorial São José). 

Uma das características da organização é identificar as oportunidades de pesquisa nas regiões em que atua. No Nordeste, um dos principais focos envolve o estudo de doenças tropicais negligenciadas, ou seja, historicamente recebem menos investimentos em pesquisas. “Estamos participando de projetos financiados pela indústria, entre eles, um teste de novo medicamento para o tratamento da hanseníase, e também um estudo com a doença de Chagas em comunidades quilombolas no interior do Estado”, relata o infectologista e pesquisador do IDOR no Maranhão, Daniel Wagner Lima Santos. 

Em Salvador, o IDOR também mantém um polo de pesquisa. No Centro de Biotecnologia e Terapia Celular (CBTC), as pesquisas com células-tronco avançam para contribuir no diagnóstico e tratamento de doenças genéticas, transtornos do espectro autista, lesões neurológicas, doenças crônicas cardíacas, entre outras. Na área de oncologia, destacam-se os estudos com CAR-T Cell, uma grande inovação em terapia celular, especialmente para pacientes com Linfoma Não Hodgkin (LNH). 

“O IDOR sai na frente por ter essa integração com hospitais de diferentes perfis e particularidades”, conta o hepatologista Raymundo Paraná, que atua em Salvador e é uma das referências brasileiras na especialidade. “Quando trazemos a pesquisa para dentro do hospital, a melhora na qualidade assistencial é inegável, e isso beneficia a população”, finaliza.
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