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PANDEMIA

Apesar da queda nas infecções de covid, especialistas alertam para nova onda

Publicado em: 07/11/2022 15:36

Aumento de testagens positivas nos laboratórios e surgimento de novas variantes preocupam infectologistas (Crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Aumento de testagens positivas nos laboratórios e surgimento de novas variantes preocupam infectologistas (Crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A média móvel de infectados por covid-19 dos últimos sete dias caiu, passando de 5.387 na semana anterior para 3.798. Já a média móvel de mortes passou de 73 para 37. Os dados são do último boletim epidemiológico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgado neste domingo (6). Apesar dos números apresentarem queda, cresce o volume de testes positivos em laboratórios privados e nas unidades públicas de saúde que realizam exame para detecção do coronavírus.

São casos leves, sem aumento relevante no número de internações pela doença. Mesmo assim, o aumento na quantidade de testes positivos de coronavírus em outubro deixa o país em alerta. As informações têm como base os dados do Instituto Todos pela Saúde (ITpS)s. Também preocupa a iminência de uma nova onda da covid-19, com o surgimento da variante a Ômicron BQ. 1, descoberta na Europa e já registrada no Brasil. 

Nova variante 
O cenário mundial tem caminhado para o recrudescimento da pandemia. A preocupação europeia se explica pela nova variante descoberta, a Ômicron BQ. 1, associada a um recente aumento de casos da covid-19 também nos Estados Unidos. França e Alemanha, que detectaram um crescimento das subvariantes BQ.1 e BQ.1.1, observaram uma nova onda de casos da doença a partir do início de setembro.

A China divulgou, no último domingo (6), o maior número de casos de infecções por covid-19 em seis meses. Segundo a Comissão Nacional de Saúde do país, ao todo foram 4.420 registros.

Preocupação nos estados
No Brasil, alguns estados já registram ritmos mais elevados de infecções. Na semana passada, o governo de Pernambuco confirmou aumento nos testes positivos realizados por laboratórios estaduais, que passaram de 4% para 11,8% em sete dias. A confirmação da chegada ao Rio de Janeiro da nova subvariante Ômicron BQ.1, aliada a uma baixa procura pelas doses de reforço da vacina, também acendeu a luz amarela na Secretaria Municipal de Saúde da capital fluminense.

A BQ.1 havia sido identificada pela Fiocruz Amazônia ainda no fim de outubro. A subvariante gera preocupação por possuir mutações que a ajudam a escapar da resposta imunológica. No estado do Amazonas, o registro de casos subiu consideravelmente. Desde setembro, as novas infecções por semana não passavam de 300. Na segunda quinzena de outubro, no entanto, o número disparou, ultrapassando mil casos.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Conass, divulgado ontem, o Brasil registrou 1.077 novos casos e seis mortes por covid-19 em 24 horas, totalizando 34.851.450 de infecções e 688.348 óbitos pela doença.

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