Otite: infecção pode ser causada pelo uso de cotonete

Otite é um termo médico utilizado para identificar toda infecção e inflamação em qualquer região do ouvido. A doença pode ser causada por fungos, vírus e bactérias que acabam entrando no ouvido ou que foram levados pelo uso de cotonetes e do próprio dedo, além do contato direto com diversas fontes de água durante o verão e a mudança de temperatura durante o inverno. Apesar de ser uma condição comum e atingir pacientes pelo menos uma vez ao longo da vida, as infecções podem evoluir e apresentar complicações, como a perda parcial ou temporária da audição, caso não sejam tratadas de forma correta.

 

Existem diversos e diferentes tipos de otites, que estão, geralmente, relacionadas ao local de inflamação no ouvido. Entre eles, estão as principais: a externa e a média. A otite externa, considerada a mais comum, é causada por bactérias que entram no ouvido através do dedo, uso de cotonetes, pelo acúmulo de umidade internamente e pelo contato com diversas fontes de água, como cachoeira, piscina e mar. Jovens e adultos estão mais propensos a sofrerem com a infecção. A otite média também pode acontecer por bactérias, vírus e fungos, mas de uma forma mais profunda, afetando o tímpano até os ossos que enviam sinais sonoros até o cérebro. Esse tipo pode aparecer durante resfriados, gripes e infecções respiratórias, e é muito comum em crianças, mas pode atingir pessoas de todas as idades.

  

“Os sintomas mais comuns são: dor no ouvido, coceira, secreção, febre, perda de audição temporária, mal-estar e odor. É importante marcar uma consulta com um especialista com o aparecimento do primeiro sintoma para que a doença não evolua e cause um dano permanente”, explicou Alberto Monteiro, otorrinolaringologista do Hospital Jayme da Fonte.

 

O diagnóstico e a identificação do tipo de otite são realizados através do exame clínico, exames de imagens e teste de audiometria, para verificar se a audição do paciente foi afetada e o quanto foi afetada.

 

O tratamento será indicado pelo especialista conforme a tipificação da infecção do paciente. Geralmente, as otites externas são tratadas com anti-inflamatórios, antibióticos e corticoides. Em casos de necrose, longas secreções e otite crônica, drenagens, lavagens de ouvido e procedimentos cirúrgicos poderão ser indicados. A recuperação do paciente, em ambas as intervenções, costuma ser simples, apesar de requerer cuidados como: repouso, evitar o contato de fontes de bactérias com o ouvido e evitar mergulhos.

 

“A cera faz parte da proteção natural do nosso ouvido, por isso, não devemos retirá-la. Só podemos tirar o excesso ou quando está causando problemas”, alertou o especialista. “O perigo de usar cotonetes está em empurrar a cera que está no canal auditivo, podendo causar traumatismo na pele e perfurar a membrana do tímpano. A melhor forma de limpar o ouvido é com algodão ou com uma toalha, e deixar o seu próprio organismo expulsar naturalmente a cera”, finalizou Alberto Monteiro.

 

Para uma identificação correta e melhor forma de tratamento de otites, o paciente deve procurar centros médicos referência em atendimento de otorrinolaringologia, como o Hospital Jayme da Fonte, que possui médicos especializados da área. A instituição oferece uma estrutura moderna para a realização de consultas, com um centro de diagnóstico sofisticado, tratamentos cirúrgicos, UTI totalmente equipada, médicos plantonistas e apresenta uma baixa taxa de infecção hospitalar. O atendimento também é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).