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Ortóptica pode ser solução para transtornos oculares agravados pela pandemia
Publicado: 19/04/2022 às 13:28
/Foto: Divulgação
Com a pandemia do novo coronavírus, o uso de telas em celulares e aparelhos eletrônicos aumentou. Um levantamento divulgado por cientistas de quatro universidades brasileiras no fim de 2021 apontou que houve um crescimento de 54% no tempo diário de utilização das telas. E essa mudança de hábito favorece o aparecimento de problemas na vista, desde miopia até dores de cabeça, tremores nas pálpebras, entre outros.
Muitos desses sintomas podem ser causados pelo enfraquecimento da musculatura ocular. E para diminuir ou mesmo eliminá-los, existe a ortóptica, área da oftalmologia que trata dos distúrbios de visão binocular e disfunções de leitura. “Nestes casos, a ortóptica pode eliminar os sintomas através de tratamentos específicos para cada situação”, garante a fisioterapeuta ocular Maria ngela Dias, responsável pela área de ortóptica do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE). Profissional há 15 anos com experiência em várias clínicas oftalmológicas, a fisioterapeuta também atua no Hospital de Olhos Santa Luzia na área de reabilitação visual, além de ser professora universitária.
“O profissional da ortóptica avalia e trata de pacientes com distúrbios de convergência e divergência; estrabismos adquiridos e desconfortos visuais”, explica Maria ngela Dias. O tratamento consiste em exercícios nos músculos dos olhos e na estimulação sensorial para melhorar a qualidade visual.
Segundo ela, normalmente os pacientes são encaminhados por outros oftalmologistas, mas nada impede que procurem um ortoptista em primeiro lugar. “Ele pode ser o profissional de primeiro contato e encaminhar para o oftalmologista. O exame ortóptico faz parte dos exames de rotina para conclusão de vários diagnósticos oftalmológicos nas diversas faixa etárias. Pacientes com alguns tipos de erros de refração, principalmente crianças na idade de maturação visual e com estrabismo, necessitam realizar o exame da motilidade ocular (teste ortóptico) para que o oftalmologista decida e prescreva as lentes (auxílios ópticos)”, argumenta.
Tratamento
A ortóptica trata de disfunções como distúrbios de vergências e acomodação ocular que podem provocar cefaleia (dores de cabeça), visão borrada nas leituras longe e perto, diplopia transitória, irritação ocular, lacrimejamento, sonolência e desconcentração nas atividades que exigem esforços visuais. Outra área onde a ortóptica também é utilizada é no combate às paralisias transitória nos músculos dos olhos causadas por lesões neurológicas, vasculares, infecciosas e vasculares, provocando estrabismos com diplopia, disfunções posturais e estética desagradável. Esses distúrbios aparecem como sequelas de encefalitis, traumas craneoencefálicos, aneurismas cerebrais, tumor cerebral, diabetes mellitus e AVC.
As queixas mais comuns nos consultórios são o aparecimento dos sintomas após leituras prolongadas e uso de eletrônicos como celulares, computadores e vídeo games. Para o diagnóstico, é necessária a realização do teste ortóptico ou exame da motilidade ocular sob a solicitação do oftalmologista e feito pelo ortoptista ou fisioterapeuta ocular.
Exame
O exame ortóptico consiste na avaliação da função visual e dos músculos extrínsecos oculares para detectar a presença de estrabismos, distúrbios de vergências e paralisias oculomotoras; o tratamento tem como objetivo a eliminação dos sintomas visuais através da recuperação do alinhamento dos olhos e da visão binocular simples.
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