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MÁ ALIMENTAÇÃO
Carência de ferro no organismo faz 40% da população mundial ser anêmica
Publicado: 30/08/2021 às 17:30

/Reprodução/Pixabay
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população mundial tem anemia, doença que enfraquece o sistema imunológico. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a carência de ferro no organismo é responsável por 95% dos casos de anemia da população. Em recém-nascidos, atrasos no desenvolvimento causados pela má alimentação, pela deficiência de ferro e demais nutrientes tendem a deixar o corpo mais suscetível a doenças como diabetes, pressão alta e obesidade na vida adulta.
No caso da anemia ferropriva, os pacientes podem apresentar sintomas como fraqueza excessiva, palidez, irritabilidade, intolerância ao exercício físico, baixo desenvolvimento corporal em crianças e até “geofagia” - nomenclatura dada à prática de comer substâncias como argila, barro e terra. As principais causas são a alimentação inadequada, que carece de vitaminas e minerais, a má absorção do mineral e o excesso de sangramentos nas fezes e na urina, assim como o alto fluxo menstrual. As crianças são as maiores vítimas por esse tipo de anemia, principalmente nos primeiros dois anos de vida. Outro grupo que pode ser bastante afetado, é o de gestantes, uma vez que quando a grávida passa a nutrir o feto, o corpo privilegia as reservas de ferro para o bebê, o que cria uma deficiência extra para a mulher.
De acordo com a gerente de pesquisa e desenvolvimento da Jasmine Alimentos, Melissa Carpi, uma dieta balanceada é fundamental. Segundo a especialista, refeições que contêm farinhas integrais e ferro podem auxiliar em uma dieta rica em nutrientes. “Ao contrário da farinha branca, que perde todo o ferro durante seu processo de refino, a farinha integral mantém todos os nutrientes naturais do grão”, pontuou.
Alimentos como arroz integral, aveia em flocos, extrato de soja, mix de sementes, goji berries e red berries também servem como aliados para o enriquecimento de ferro no organismo. Além disso, são ricos em vitamina C, outro elemento essencial para a condução de nutrientes no corpo e para o equilíbrio do organismo.
Segundo a professora de nutrição da Universidade Positivo Mariana Etchepare, a falta de ferro é uma condição que deve ser tratada, já que o mineral é responsável pela síntese das hemácias do sangue e também pelo transporte do oxigênio para todas as células do corpo. “É fundamental procurar um médico e realizar exames para detectar o problema. Assim que encontrada a deficiência de ferro, um médico ou nutricionista deve prescrever uma suplementação que contenha esse material, tal como indicar uma dieta que inclua também alimentos ricos em ferro”, acentuou.
Ferro heme ou não heme?
Além das carnes, os legumes, as verduras, os cereais e as sementes também contam com o mineral, em variadas quantidades. De acordo com Mariana Etchepare, esses alimentos são divididos em dois.
"Aqueles com ferro heme (encontrado na proteína animal e de fácil absorção pelo organismo) e ferro não heme, (presente no feijão preto e nos vegetais verdes escuros, como brócolis, espinafre e couve). Para aumentar a biodisponibilidade do ferro presente neste último grupo, é indicado que a dieta ainda inclua alimentos e bebidas com vitamina C. Por outro lado, o paciente que tem anemia ferropriva deve evitar líquidos como café, chás e chimarrão”, completa a especialista da Universidade Positivo.
Confira dez alimentos de origem vegetal com boa quantidade de ferro (a cada 100g):
Sementes de abóbora – 14,9mg
Pistache – 6,8mg
Cacau em pó – 5,8mg
Sementes de girassol – 5,1mg
Côco seco – 3,6mg
Noz – 2,6mg
Feijão branco cozido – 2,5mg
Amendoim – 2,2mg
Feijão preto cozido – 1,5mg
Aveia em flocos – 1,3mg.
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