Rain26° / 28° C

JAPÃO

Lula diz no Japão que o Brasil é um porto seguro para investimentos

O presidente defendeu o livre-comércio entre os dois países em relação ao aumento de protecionismo no mundo

Publicado em: 26/03/2025 08:47

Lula disse também que é preciso avançar nas tratativas (Crédito: Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Lula disse também que é preciso avançar nas tratativas (Crédito: Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 26, que o Brasil irá assinar dez acordos de cooperação “nas mais diversas áreas” com o Japão, além de quase 80 convênios entre empresas, bancos e universidades, durante a visita de Estado ao país. Em discurso no Fórum Empresarial Brasil-Japão, em Tóquio, Lula exaltou a importância que o Japão teve para a economia brasileira no passado, mas disse que é preciso aprimorar a relação bilateral, que “não andou bem” na última década.

“Eu quero convidar os japoneses a investirem no Brasil porque o Brasil é um porto seguro, como foi para os japoneses em 1908”, disse Lula, em referência ao ano do início da imigração japonesa para o País. “Queremos compartilhar alianças entre as empresas japonesas e brasileiras para que a gente possa crescer juntos.”

Entre as oportunidades de negócio bilateral, o presidente citou a agenda climática, com destaque para a intenção do Japão de aumentar a proporção de etanol presente na gasolina. Lula também mencionou a expectativa com a ampliação dos investimentos de montadoras japonesas como a Honda, a Nissan e a Mitsubishi na produção local de veículos elétricos e híbridos. “A descarbonização não é uma escolha, é uma necessidade e grande oportunidade. O envolvimento do setor privado é fundamental. O Brasil sempre será um aliado para reduzir a dependência global de combustíveis fósseis”, afirmou o presidente.

Lula disse também que é preciso avançar nas tratativas para a assinatura de um acordo de comércio entre o Japão e os países do Mercosul. “Em um mundo cada vez mais complexo, é fundamental que parceiros históricos se unam para enfrentar as incertezas e instabilidades da economia." 

Mais notícias