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De Anderson Ferreira a João Paulo: a união política na filiação de Raquel Lyra ao PSD

O presidente estadual do PSDB e outros tucanos também prestigiaram o evento, indicando a manutenção da influência da governadora na legenda

Publicado em: 11/03/2025 13:01 | Atualizado em: 11/03/2025 13:13

 (Taylinne Barret/DP Foto)
Taylinne Barret/DP Foto
 
O evento de filiação da governadora Raquel Lyra ao PSD assumiu um tom político que há muito tempo era aguardado pelos seus aliados, fazendo do auditório do Recife Expo Center um palanque de campanha e reunindo lideranças políticas da direita à esquerda – algumas participações mais acanhadas que outras.

Raquel fez questão de estar rodeada de família, amigos e aliados de primeira hora desde que chegou ao centro de convenções, acompanhada por seus pais e filho caçula, sua vice Priscila Krause (PSDB), o ex-governador Gustavo Krause, a prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD) e o ex-secretário estadual de Turismo, Daniel Coelho (PSD).

O ex-governador João Lyra, inclusive, também se filiou ao PSD no evento, à convite do presidente nacional, Gilberto Kassab.

O novo partido da governadora esteve representado em peso por lideranças nacionais. Além de Kassab e dos ministros André de Paula (Pesca e Aquicultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), as senadoras Eliziane Gama (PSD-MA), Zenaide Maia (PSD-RN), Jussara Lima (PSD-PI) e o senador Lucas Barreto (PSD-AP) discursaram no evento.

Uma presença notável foi do presidente estadual do Partido Liberal, Anderson Ferreira, que não apenas prestigiou o evento, como discursou.

“A construção dessa união com Pernambuco é algo que motiva a cada um fazer parte desse time. Fiz questão de estar aqui, trazer o meu abraço, desejar sucesso nessa nova etapa. Fiquei muito feliz de poder enfrentar um bom combate com você, debater Pernambuco, e estar hoje dando uma demonstração clara que o Estado está acima de partido e de diferenças políticas. Nossa consciência tem que vir da união de Pernambuco. Muitos falam em união, mas poucos são aqueles que sabem unir, estamos juntos até depois do fim”, declarou.

O ex-adversário de Raquel nas eleições de 2022 foi apontado pelo dirigente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, como o cabeça da legenda em Pernambuco para 2026. A fala em tom de união com Raquel pode reforçar o distanciamento com a ala mais alinhada com Jair Bolsonaro (PL) no partido.
 
 
O deputado estadual João Paulo (PT), por sua vez, fez uma aparição tímida na solenidade. Circulou pelo auditório antes do início do evento, mas foi embora durante os discursos e não subiu no palco. Colega de legislatura, o parlamentar Aglailson Victor (PSB) também não fez alarde e não se sentou entre as autoridades. Ambos, entretanto, tiveram a presença anunciada pelos mestres de cerimônia.

Em meio às especulações sobre o futuro do PSDB em Pernambuco, o presidente estadual Fred Loyo esteve ao lado de Raquel e outros líderes partidários no palanque, mas não teve vez no microfone. Aliados tucanos como os prefeitos de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, e de Paulista, Severino Ramos, e a deputada estadual Débora Almeida também compareceram.

Apesar da migração de siglas, a governadora busca manter sua influência no ninho tucano para evitar que Loyo perca o comando do diretório pernambucano para um opositor, como o presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), Álvaro Porto, aliado do prefeito João Campos (PSB).

Outros três presidentes estaduais de partidos discursaram no evento: o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco, Marcelo Gouveia (Podemos), e Fabinho Lisandro (PRD).

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