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"Um passo mais na frente", diz João Paulo sobre PT compor o Governo Raquel Lyra

Deputado estadual é cotado para assumir Secretaria de Educação, mas acredita que partido precisa deixar oposição antes de se discutir cargos na gestão

Publicado: 13/01/2025 às 13:11

/Jarbas Araújo/Alepe

/Jarbas Araújo/Alepe

Cotado internamente para assumir a Secretaria estadual de Educação, o deputado estadual João Paulo (PT) defendeu – entrevista à Rádio Folha nesta segunda-feira (13) – que o Partido dos Trabalhadores deve rever a atual condição de oposição ao governo Raquel Lyra (PSDB), para só então discutir uma eventual composição da gestão.

“A questão de participar do Governo é um passo mais na frente. É lógico que o PT tem excelentes quadros que podem contribuir, mas o convite oficial teria que ser feito ao partido, e sair dessa posição, em tese, de oposição”, afirmou.

O parlamentar não negou, nem confirmou o bastidor antecipado pelo Diario de Pernambuco de que seria uma opção, dentre os quadros do PT, para comandar a Educação após a saída de Alexandre Schneider.

“Sendo especulação, é especulação. Você não tem certeza. Meu compromisso é com melhorar a vida do povo de Pernambuco”, disse, justificando que não pode conversar sobre o assunto enquanto a legenda não deliberar sobre um alinhamento oficial à tucana.

Um novo posicionamento do PT pode ser esperado nas próximas semanas. Ao retornar do recesso, o senador Humberto Costa (PT) deve conversar com o presidente Lula (PT) sobre a atual estratégia estadual da sigla.

Candidata do PT

Segundo João Paulo, a governadora Raquel Lyra pode ser a candidata do PT para o Governo do Estado em 2026, e não há compromisso da legenda com uma possível candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB).
 
“O PT não assumiu um compromisso que achei precipitado, antes mesmo da eleição do Recife, com sua campanha à governador”, afirmou o deputado.

“Vamos ver como vai ser a conjuntura política de 2026. Como o PT e Lula vão estar, e quem vai estar comprometido com a candidatura de Lula. Não há nenhum compromisso do partido, até porque a governadora pode ser a candidata do PT”, complementou.

A corrente majoritária do partido – a CNB – aparenta estar insatisfeita com a aliança firmada com o prefeito do Recife, João Campos (PSB). O único nome do grupo de Humberto Costa contemplado na gestão foi Vinicius Castello (PT), mas o convite foi pessoal, sem passar pela legenda.

Do outro lado, o interesse em uma aliança entre a tucana e os petistas é mútuo, mesmo sem uma declaração oficial de Raquel Lyra sobre querer Lula em seu palanque para 2026.

“Acho que ela já faz o L sem precisar fazer um gesto com os dedos. Ela tem reconhecido os investimentos e a preocupação do governo Lula com Pernambuco e com o governo dela. O ministro já colocou que ela estaria na base do governo. Ela tem dito em depoimentos que Lula e todos os ministérios têm a porta aberta pra ela”, declarou.

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