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'Precisei da ajuda da minha esposa para votar', diz eleitor cego no Recife
Eleitor relatou dificuldades para votar neste domingo (6)
Por: Mareu Araújo
Publicado em: 06/10/2024 18:33
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| Foto: Priscilla Melo/DP Foto |
“Eu precisei da ajuda de minha esposa para conseguir votar”. A fala é de seu Edmilson, um ex-ambulante de 52 anos, cego, que acompanhado de sua esposa votou, na manhã deste domingo (6), na Escola Estadual Professor Mardônio de Andrade Lima Coelho, na Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife.
Edmilson contou que há dois anos, por conta da diabetes, perdeu a visão. Essa é sua primeira eleição com a deficiência. “Eu mandei minha esposa colocar o número do candidato que eu queria. Ela fez tudo e confirmou”, disse. “Eu não sabia dessa função de colocar um fone de ouvido, se soubesse, teria sido bem melhor para votar sozinho”, continuou.
O comentário foi feito após a reportagem do Diario perguntá-lo se fez uso dos novos meios de acessibilidade da urna eletrônica, apresentados nos últimos dias. Um deles é um fone de ouvido, oferecido pelos mesários da seção, que possibilitam ao eleitor ouvir qual número selecionou.
“Não informaram nada, não deram essa informação”, afirmou.
Mobilidade
Mais cedo, outra equipe do Diario de Pernambuco viu que o acesso para a Escola de Referência em Ensino Médio Professor Cândido Duarte, em Apipucos, era feito exclusivamente por uma escada com mais de cinco degraus.
Em um dos vídeos, é possível ver uma funcionária do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, trajando um colete que indica que ela auxilia na acessibilidade do colégio, parada com uma cadeira de rodas embaixo da escada.
Próximo a essa entrada, uma rampa para carros estava trancada por um cadeado. A reportagem questionou o líder do colégio sobre a possibilidade de abrir o portão para o público e lhe foi dito que “se abrir, todo mundo iria entrar por ali. Mas, quando fosse necessário, eles abririam para que pessoas com deficiência tivessem acesso”.
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