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10 ANOS SEM EDUARDO CAMPOS

Mesmo sem a Cidade da Copa, Arena é o maior legado esportivo do Governo Eduardo Campos

Assim que o Brasil foi confirmado como sede do Mundial masculino, o Governo do Pernambuco anunciou o projeto de construir uma arena multiuso, no famoso "padrão Fifa"

Publicado em: 13/08/2024 05:40 | Atualizado em: 13/08/2024 09:13

 (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Foto: Rafael Vieira/DP Foto
MARCOS LEANDRO
do DP Esportes

Não obstante ainda conviver com questionamentos sobre a necessidade da sua construção, uma vez que os três clubes da capital (Sport, Náutico e Santa Cruz) possuem estádios próprios, a Arena de Pernambuco é o maior legado esportivo do Governo Eduardo Campos. A praça esportiva, inaugurada no dia 22 de maio de 2013, foi palco de cinco jogos da Copa do Mundo de 2014 e de três da Copa das Confederações de 2013. E vai se preparar nos próximos três anos para sediar partidas da Copa do Mundo Feminina em 2027, que será no Brasil.

Assim que o Brasil foi confirmado como sede do Mundial masculino, o Governo de Pernambuco anunciou o projeto de construir uma arena multiuso, no famoso "padrão Fifa", realidade bem diferente de Ilha do Retiro, Aflitos e Arruda (os três estádios locais, respectivamente).

Inicialmente, a ideia seria que o estádio fosse construído no terreno da Fábrica Tacaruna, entre Recife e Olinda. Mas o projeto que saiu do papel teve outra localização: São Lourenço da Mata, mais precisamente na comunidade de Jardim Penedo de Baixo. Atrelada à construção do moderno estádio, estava prevista a Cidade da Copa. O objetivo era desenvolver a urbanização da região, com a construção de centros comerciais e outros serviços, conjunto habitacional, hotéis, escolas e universidades. Até 2025, estimava-se um investimento na casa de R$ 1,5 bilhão, entre recursos públicos e privados. 
  
Mas no final das contas, apenas o estádio foi construído. No acordo da licitação, em maio de 2009, a obra foi orçada em R$ 479 milhões, mas houve aditivos em função da aceleração para receber jogos da Copa das Confederações. E, apesar de oferecer conforto e conceito totalmente diferentes, a Arena de Pernambuco sempre conviveu com o risco de não ter demanda de jogos suficientes no pós-Copa para a sua manutenção. 

Esse problema foi resolvido no começo, pois o Náutico firmou acordo com o Consórcio Odebrecht, que administrava o equipamento, cujo contrato faria o Timbu levar seus jogos para São Lourenço da Mata por 30 anos. Porém, o clube fez o caminho de volta aos Aflitos em 2018, dois anos depois do Governo do Estado romper com a Odebrecht e passar a assumir os custos do equipamento e ainda a indenização milionária pela rescisão. Em tempo: o Alvirrubro cobra na Justiça uma indenização da Odebrecht pelo rompimento unilateral do contrato com o clube. 

Sport e Retrô
 
Em 2024, entretanto, Arena tem sido bastante utilizada. Pelo segundo ano consecutivo, o emergente Retrô manda seus jogos no local. O Sport, que está fazendo grande reforma na Ilha do Retiro, tem levado grandes públicos e rendas para o estádio, além do aluguel de cerca de R$ 30 mil por jogo. 

Paralelamente, a Arena vem enxugando os custos, como explicou o presidente da Empetur, Eduardo Loyo, em entrevista ao programa no YouTube de Leo Medrado, um dos colunistas do DP Esportes.

“Quando assumimos, no ano passado, reduzimos quase 30% do custo mensal da Arena, por meio de renegociação de contratos de prestação de serviços e de fornecedores. Hoje temos 15 a 20 pessoas na parte administrativa. Em paralelo, também estamos usando o equipamento como inclusão social. Através de uma parceria com a Secretaria de Educação temos o Centro de Formação de Esportes. Toda a semana, alunos de escolas públicas de oitos cidades participam de iniciação à prática esportiva. E isso vira investimento”, destacou Loyo.
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