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Em carta aberta a candidatos, Unicef pede que prefeituras assumam 5 compromissos com jovens; Veja prioridades

Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) pediu inclusão de compromissos com direitos de crianças e adolescentes, que vão de segurança a questões sobre o clima, em planos de governo

Publicado em: 21/08/2024 16:54

Em carta, Unicef fez alertas e propôs prioridades para proteger crianças e adolescentes (Sandy James/DP)
Em carta, Unicef fez alertas e propôs prioridades para proteger crianças e adolescentes (Sandy James/DP)

 
O Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) divulgou, nesta quarta-feira (21), uma carta aberta a todos os candidatos a prefeituras no Brasil para pedir a inclusão de cinco compromissos com direitos de crianças e adolescentes nos planos de governo.

Segundo o Unicef, os temas que devem ser tratados como prioridades para a infância e adolescência são: proteção contra violências, resiliência climática, saúde e nutrição, educação e proteção social. A carta é assinada por Youssouf Abdel-Jelil, representante da entidade no Brasil.
 

Estudo recente mostrou que mais de 15 mil bebês, crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta no Brasil nos últimos três anos. No ranking de assassinatos no País, Pernambuco ocupa o quarto pior lugar. 

“Para coibir este cenário, pedimos que os postulantes a cargos municipais se comprometam a investir em ações concretas e multissetoriais para prevenir, identificar, encaminhar e acompanhar casos de violência”, diz o Unicef.

Compromissos

O fundo também informa que cerca de 40 milhões de crianças e adolescentes do País estão expostos a eventos climáticos, como ondas de calor, enchentes e secas. “É urgente que os futuros prefeitos e prefeitas garantam que vão preparar suas cidades para enfrentar e lidar com as mudanças climáticas, em parceria com as comunidades e com foco nas necessidades de meninas e meninos”, afirma.

Já na Educação, o Unicef propõe investimentos para garantir o acesso universal à escola e promover ensino de qualidade. De acordo com a entidade, em 2023, 44% dos jovens brasileiros não estavam alfabetizados na faixa etária esperada.

Outro alerta é que, no ano passado, 100 mil crianças não receberam nenhuma dose de vacina contra difteria, tétano e coqueluche no País. Para o Unicef, a universalização da imunização e o combate à má nutrição, desde a primeira infância, devem ser priorizadas na pauta da Saúde.

Crianças e adolescentes mais vulneráveis também devem ser considerados prioridade na hora de planejar e definir o orçamento de políticas públicas, de acordo com o órgão.

“Focar nos mais vulneráveis no desenho das políticas municipais, em especial as de proteção e assistência social, é um passo essencial para combater a privação de um ou mais direitos que afeta 60,3% das crianças no País, deixando-as na chamada pobreza multidimensional”, diz.

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