GEOPOLÍTICA
G20: Brasil busca consenso em meio a impasse sobre Gaza e Ucrânia
Nos últimos dois anos as reuniões do grupo foram marcadas pela ausência de declarações consensuais entre os países, em razão das guerras
Publicado em: 22/07/2024 17:40
Nesta semana, o Rio de Janeiro recebe mais uma rodada das reuniões ministeriais que preparam para a Cúpula de novembro (Foto: Alex Ferro/G20) |
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22/7), a presidência brasileira no G20 reconheceu que há divergências entre os integrantes do fórum de cooperação internacional sobre os conflitos na Ucrânia e em Gaza. Na declaração, o Brasil comprometeu-se a conduzir a discussão sobre as guerras nos próximos meses, em preparação para a Cúpula de Líderes do Rio de Janeiro, que ocorrerá em novembro.
Nos últimos dois anos as reuniões do grupo — formado pelas 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana — foram marcadas pela ausência de declarações consensuais entre os países, em razão das guerras. “Alguns membros e outros participantes consideraram que essas questões têm impacto na economia global e devem ser tratadas no G20, enquanto outros não acreditam que o G20 seja um fórum para discuti-las”, diz o comunicado da presidência.
“Ao recordar a Declaração de Líderes de Nova Délhi, a Presidência Brasileira instou os membros a reforçarem o seu compromisso com o fortalecimento do G20 como uma plataforma eficaz de cooperação, baseada no consenso como sua ferramenta mais importante”, destaca o documento.
A publicação foi a forma encontrada para contornar o impasse que se estende ao longo dos últimos anos. Nesta semana, o Rio de Janeiro recebe mais uma rodada das reuniões ministeriais que preparam para a Cúpula de novembro.
Segundo o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, o embaixador Mauricio Lyrio, “a expectativa é de que várias reuniões ministeriais aprovem documentos de consenso dos ministros” nesta semana. Foi feito um acordo entre os membros para que as declarações consensuais dos grupos de trabalho não exijam a inclusão de tópicos assuntos geopolíticos. Em contrapartida, a presidência de cada grupo emitirá um comunicado adicional ao texto acordado tratando da questão. De acordo com o embaixador, essa é uma estratégia para destravar declarações.
Confira a matéria no site do Correio Braziliense.
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