ELEIÇÕES
Entenda o hardware das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições
A urna eletrônica possui sistemas complexos que evoluem a cada nova versão
Por: TSE - Justiça Eleitoral
Por: Diario de Pernambuco
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 24/07/2024 17:38 | Atualizado em: 24/07/2024 17:45
Divulgação/TRE-RN |
Apesar da aparência simples, quase inalterada desde sua criação nos anos 1990, a urna eletrônica possui sistemas complexos, que evoluem e são atualizados a cada nova versão.
As máquinas são fabricadas por meio de licitação pública realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além da produção das urnas, a empresa vencedora é responsável por vários produtos e serviços.
São eles: fornecimento de peças de reposição da versão mais recente; desenvolvimento dos modelos dos equipamentos e do software básico; garantia das urnas fabricadas; e mídias de aplicação e de resultado.
O projeto da urna é definido pelo TSE, que detalha sua arquitetura. Uma equipe de servidores do Tribunal estabelece todos os requisitos necessários de segurança e de acessibilidade.
Depois de contratada a empresa, o TSE acompanha todo o desenvolvimento do projeto eletrônico da urna. São construídas algumas unidades chamadas de “modelo de produção”, sendo a referência para todas as urnas produzidas de uma determinada versão.
Segurança
Cada urna dispõe de um hardware criptográfico que lhe confere uma identidade individual, assegurando que as informações sejam autênticas e com garantia de origem.
Uma arquitetura de hardware específica garante que, no dia das eleições, as urnas eletrônicas usem o mesmo sistema de software. Antes da Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração, o software único é carregado nas urnas.
Sempre que a urna for ligada, um conjunto de microprocessadores denominado “hardware de segurança” verificará se o sistema executado corresponde ao que foi assinado e lacrado na cerimônia pública.
Assim, qualquer tentativa de execução nas urnas de um sistema estranho ao desenvolvido pela Justiça Eleitoral é inviável. Não existe uma maneira de corromper uma urna eletrônica: ela registra o que o eleitor quer.
Caso o hardware de segurança não consiga verificar a assinatura de algum dos elementos de software carregados em memória, ele interrompe o fornecimento de energia elétrica, fazendo a urna desligar.
Além disso, a urna eletrônica funciona de forma isolada, ou seja, não há nenhum mecanismo que possibilite sua conexão a redes de computadores, como a internet.
O único cabo que ela tem é o de energia, e, se for necessário, ela poderá ficar ligada somente na bateria por mais de dez horas.
Dois terminais compõem a urna eletrônica: o terminal do mesário, onde o leitor é identificado e autorizado a votar; e o terminal do eleitor, onde se registra o voto nos candidatos.
Armazenamento
Além da memória interna, há aquela em que são registrados os dados a serem utilizados no aparelho, bem como os votos registrados pelo eleitor, como um pendrive customizado para a Justiça Eleitoral.
Modernização
Com a licitação vigente, o TSE executa um processo de modernização do parque de urnas da Justiça Eleitoral, e de complementação da quantidade do equipamento destinada a suprir o aumento do eleitorado.
A Corte já enviou aos Tribunais Regionais Eleitorais novos aparelhos para a realização das Eleições Municipais 2024.
As urnas eletrônicas ‘UE2022’ substituirão os modelos 2009, 2010 e 2011, que estão no fim da vida útil de 10 anos, ou seis eleições consecutivas.
Após esse período, os equipamentos antigos são ecologicamente descartados.
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