ELEIÇÕES
Pré-candidatos em cargos comissionados se desincompatibilizam nesta quinta-feira (6)
Daniel Coelho e Mirella Almeida deixam suas secretarias; prazo pode revelar planos de João Campos para vice
Por: Guilherme Anjos
Publicado em: 06/06/2024 06:03 | Atualizado em: 05/06/2024 18:01
Daniel Coelho (PSD) deve deixar Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco para disputar Prefeitura do Recife (Rafael Vieira / DP) |
Os pré-candidatos a prefeitos e vice-prefeitos que atuam em cargos comissionados devem se desincompatibilizar nesta quinta-feira (6), ou não poderão disputar as eleições em outubro. O prazo está previsto na legislação eleitoral, determinando que ministros e secretários deixem suas respectivas funções quatro meses antes do pleito que almejam participar.
É costumeiro, no entanto, que os pré-candidatos deixem para se regularizarem nos momentos finais do prazo. É o caso de Daniel Coelho (PSD), nome da governadora Raquel Lyra (PSDB) para a Prefeitura do Recife, que ainda não deixou a Secretaria de Turismo e Lazer do Estado, mas é nome certo na disputa.
Em contrapartida, a pré-candidata à prefeitura de Olinda, Mirella Almeida (PSD), queimou largada com antecedência comparada ao correligionário recifense, e se desincompatibilizou da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação, Tecnologia e Turismo de Olinda na última quarta-feira (5).
“Meu sentimento é de gratidão a todos os servidores e servidoras, e de dever cumprido. Hoje, dou início a uma nova fase, que faz parte da mesma trajetória de construir uma Olinda cada vez melhor para a nossa gente", declarou a sucessora do prefeito Professor Lupércio (PSD).
Incertezas
O prazo para a desincompatibilização vai forçar políticos a publicizarem suas decisões quanto a composições de chapas. No Recife, o exemplo mais emblemático tem sido o suspense em volta da vaga de vice do prefeito João Campos (PSB), cobiçada pelos petistas há meses, mas que pode acabar ficando com um nome mais familiar do gestor.
Os secretários Marília Dantas (Infraestrutura), Felipe Matos (Planejamento), Maíra Fischer (Finanças), e o chefe de gabinete Victor Marques se filiaram, respectivamente, ao MDB, Republicanos, União Brasil e PCdoB, quatro siglas aliadas do socialista. A possibilidade de qualquer um destes nomes se desincompatibilizar de seus cargos pode sinalizar uma derrota dos petistas.
Já em Olinda, as atenções estão voltadas para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação Luciana Santos (PCdoB), que precisa decidir entre a manutenção de seu cargo em Brasília e a disputa pela Prefeitura.
"Tenho até amanhã para tomar a decisão. Nossa prioridade nesse período tem sido cuidar dessa grande responsabilidade que é o Ministério da Ciência e Tecnologia. É um desafio gigantesco, estratégico para o país. Temos procurado fazer valer a confiança não só do presidente Lula, mas do povo brasileiro”, disse Santos no programa “Bom Dia, Ministra”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na última quarta (5).
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