ARTICULAÇÃO

Lula pede que Haddad fale mais com o Congresso em vez de "ler um livro"

Em meio a uma crise na relação entre Executivo e Legislativo, o presidente cobrou nesta segunda-feira (22) que seus ministros, incluindo o chefe da Fazenda, invistam na articulação com parlamentares

Publicado em: 22/04/2024 15:38


Para Lula, "Haddad, em vez de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara"  (foto: Ricardo Stuckert/PR)
Para Lula, "Haddad, em vez de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara" (foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta segunda-feira (22) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passe mais tempo dialogando com o Congresso Nacional "em vez de ler um livro". A declaração ocorreu em meio a cobranças para que seus ministros articulem melhor com os parlamentares, já que há uma crise na relação entre Executivo e Legislativo.

 

"Isso significa que o [vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo] Alckmin tem que ser mais ágil. Tem que conversar mais. O Haddad, em vez de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome] e o Rui Costa [da Casa Civil] têm que passar a maior parte do tempo conversando com a bancada A, com a bacada B", frisou o presidente durante evento de lançamento do Programa Acredita, no Palácio do Planalto.

 

A iniciativa é um pacote de medidas para incentivar o crédito para famílias de baixa renda e micro e pequenos empreendedores. Lula assinou pela manhã a medida provisória (MP) que institui o programa, enviada ao Congresso para aprovação. Os parlamentares terão 120 dias para decidir sobre a matéria. O presidente disse estar otimista com a aprovação, mas sinalizou que espera modificações no texto.

 

 

"Política é assim"

 

Há, porém, uma tensão do governo com o Congresso, capitaneada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O Senado, comandando por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também vem impondo derrotas ao governo, como a aprovação da proposta de emenda à constituição (PEC) que criminaliza a posse de qualquer quantidade de drogas.

 

"É difícil, mas a gente não pode reclamar, porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim, ou não entra na política. A política é a arte que permite a gente viver na diversidade com as pessoas, porque a gente tem divergência", declarou ainda o presidente Lula.

 

 

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