TEMPUS VERITATI

Coronel dos Kids Pretos do Exército que participou de reunião golpista é preso

Bernardo Romão Corrêa Netto estava em Washington, nos Estados Unidos, e foi alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito da operação Tempus Veritati

Publicado em: 11/02/2024 20:24 | Atualizado em: 11/02/2024 20:26

Coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, dos Kids Pretos do Exército, preso em operação da Polícia Federal ((crédito: Reprodução/Facebook)
Coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, dos Kids Pretos do Exército, preso em operação da Polícia Federal ((crédito: Reprodução/Facebook)

 

A Polícia Federal prendeu, na madrugada deste domingo (11/2), no Aeroporto de Brasília, o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto. Ele estava em Washington, nos Estados Unidos, e foi alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da operação Tempus Veritati. Ele deveria ter sido preso na quinta-feira (8). Romão estava em solo norte-americano realizando um curso de defesa.  Após ser preso pela PF, foi entregue à Polícia do Exército.

 

Bernardo Romão Correia Neto está preso no Batalhão da Guarda Presidencial e passou por audiência de custódia às 11h, conforme confirmou o STF.

 

O coronel faz parte dos Kids Pretos, força de elite do Exército. Atualmente, reúne 2,5 mil militares em suas fileiras, contando com homens da ativa e da reserva. Como mostrou o Correio, uma reunião realizada em Brasília, em 28 de novembro de 2022, após o resultado do segundo turno das eleições, discutiu a utilização desse grupo em um golpe de Estado. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), uma tentativa de subverter a democracia e mudar o resultado das eleições ocorreu logo após o resultado.

 

A PGR aponta que a reunião que ocorreu na capital federal contou com participação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, quando ele estava na Presidência, e do coronel Bernardo Romão, à época, assistente do Comando Militar do Sul. O foco seria tomar o poder após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Após a reunião, de acordo com a investigação, foi elaborada uma carta para pressionar o comandante do Exército e outros militares a aderirem ou não se posicionarem contra a tentativa de golpe.

 

Com informações do Correio Braziliense

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