ATOS GOLPISTAS

Ministros do STF relembram os ataques golpistas de 8 de janeiro

Integrantes da Suprema Corte ressaltam o fortalecimento da democracia após os atos criminosos do ano passado. Ataques culminaram na destruição dos prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto

Publicado em: 04/01/2024 22:53

Os ataques completam um ano na próxima segunda-feira (08) (foto: Ed Alves/CB)
Os ataques completam um ano na próxima segunda-feira (08) (foto: Ed Alves/CB)

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se manifestaram, nesta quinta-feira (04), sobre os atos golpistas de 8 de janeiro — que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. Na próxima segunda-feira (8/1), os ataques completam um ano.

 

Até o momento, foram condenadas 30 pessoas por crimes como associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e deterioração de patrimônio tombado. Para os integrantes da Suprema Corte, a data não pode ser esquecida e a democracia sai mais fortalecida após o episódio. Confira: 

 

 

Luís Roberto Barroso, presidente do STF 

 

“O 8 de janeiro mostrou que o desrespeito continuado às instituições, a desinformação e as acusações falsas e irresponsáveis de fraudes eleitorais inexistentes podem levar a comportamentos criminosos gravíssimos. Porém, mostrou a capacidade de as instituições reagirem e fazerem prevalecer o Estado de Direito e a vontade popular”.

 

 

Edson Fachin, vice-presidente do STF

 

“Não esqueceremos o que aconteceu nesse dia, mas a melhor resposta está no trabalho permanente deste tribunal: aos que foram às vias de fato, o processo; aos que mentiram, a verdade; e aos que só veem as próprias razões, o convívio com a diferença”.  

 

 

Gilmar Mendes

 

“Podemos celebrar a solidez das nossas instituições. Nós poderíamos estar em algum lugar lamentando a história da nossa derrocada, mas estamos aqui, graças a todo um sistema institucional, contando como a democracia sobreviveu”.

 

 

Cármen Lúcia

 

“8 de janeiro há de ser uma cicatriz a lembrar a ferida provocada pela lesão à democracia, que não há de se permitir que se repita”.

 

 

Dias Toffoli

 

“A brutalidade dos ataques não foi capaz de abalar a democracia. O repúdio da sociedade e a rápida resposta das instituições demonstram que em nosso país não há espaço para atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito”.

 

 

Luiz Fux

 

“A democracia restou inabalada e fez-se presente na punição exemplar contra aqueles que atentaram contra esse ideário maior da Constituição Federal: o Regime Democrático!”.

 

 

Alexandre de Moraes

 

“As instituições demonstraram ao longo deste ano que não vão tolerar qualquer agressão à democracia, qualquer agressão ao Estado de Direito. Aqueles que tiverem responsabilidade serão condenados na medida da sua culpabilidade”.

 

 

Nunes Marques

 

“A reconstrução rápida das sedes dos Três Poderes trouxe simbolismo maior ao lamentável episódio, revelando altivez e prontidão das autoridades para responder a quaisquer atentados contra o Estado de Direito”.

 

 

André Mendonça

 

“Eventos como esse, independentemente de perspectivas e visões de mundo das mais distintas, não podem ser legitimados e nem devem ser esquecidos”. 

 

 

Cristiano Zanin

 

“Após um ano dos ataques vis contra a democracia, tenho plena convicção de que as instituições estão mais fortes e, principalmente, unidas. É preciso sempre revisitar o dia 8 de janeiro para que momentos como aqueles não voltem a manchar a história do Brasil”.

 

 

Marco Aurélio Mello (aposentado)

 

“Um acontecimento extravagante, a partir da falha do Estado”.

 

 

Celso de Mello (aposentado)

 

“A data de 8 de janeiro de 2023 representa, por efeito da invasão multitudinária e criminosa nela perpetrada contra os Poderes do Estado, o gesto indigno, desprezível e estigmatizante daqueles que, agindo como delinquentes vulneradores da ordem constitucional, não hesitaram em dessacralizar os símbolos majestosos da República”.

 

 

Francisco Rezek

 

“200 anos de história não se apagam em poucas horas de vandalismo e irracionalidade. Se o Supremo sobrevive aos estragos materiais e à fúria que lhes deu origem, é porque sua fortaleza não se confina no vidro, na madeira ou na pedra”.

 

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense

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