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IGUALDADE RACIAL

Em entrevista, Anielle Franco defende punição mais rígida para crimes de racismo

Ministra lembrou que apesar de ter 56% da população negra, o país continua registrando dados alarmantes de racismo

Publicado em: 01/11/2023 16:11

Anielle defendeu mais punição para crimes de racismo (foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)
Anielle defendeu mais punição para crimes de racismo (foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse, nesta quarta-feira (01), que é preciso fazer com que os brasileiros passem a ter consciência racial. Em entrevista a emissoras de rádio, durante o programa Bom dia, Ministra, do Canal Gov, ela lembrou que apesar de ter 56% da população negra, o país continua registrando dados alarmantes de racismo.

 

“Costumo dizer que este é um mês em que se fala muito, assim como os meses de março (Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial) e julho (.Julho das Mulheres Negras). A gente precisa entender esse ministério, o retorno do presidente Lula e o retorno da pauta da consciência racial como ferramenta para que as pessoas negras possam viver as realidades que, infelizmente, ainda as cercam.” 

 

Segundo Anielle, o governo federal pretende entregar no próximo dia 20 - Dia da Consciência Negra - um segundo pacote de medidas voltadas para a população negra, incluindo a publicação de editais e a estruturação de programas.

 

 

Cotas  

 

Uma das políticas de destaque citadas pela ministra é a chamada Lei de Cotas nas universidades brasileiras, que recentemente passou por uma revisão. Segundo ela, antes da lei, entre 3% e 5% dos estudantes de ensino superior eram negros. O percentual, agora chega a 50%. “Sou fruto de cotas. Entrei na UERJ [Universidade do Estado do Rio de Janeiro] em terceiro lugar para fazer minha graduação como cotista”. 

 

Crimes 

 

Durante o programa, Anielle defendeu mais punição para crimes de racismo e voltou a destacar a importância de educar a população para conscientizar as pessoas sobre o preconceito racial. “É inadmissível que a gente tenha, em 2023, pessoas que cometem atos racistas, que achem que estão corretas e que ainda culpam o governo”.  

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