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Bolsa Família

Ministro garante que mudança na Caixa não mexem em programas sociais

Entrega da Caixa ao Centrão e expectativa de dança das cadeiras não mudam operação de programas como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, diz ministro

Publicado em: 26/10/2023 22:00 | Atualizado em: 26/10/2023 22:52

Em agenda em Pernambuco, ministro Wellington Dias garantiu que apesar das mudanças, Caixa seguirá seguindo as diretrizes do governo Lula   (Ruan Pablo/DP)
Em agenda em Pernambuco, ministro Wellington Dias garantiu que apesar das mudanças, Caixa seguirá seguindo as diretrizes do governo Lula (Ruan Pablo/DP)
Após conseguir abocanhar a presidência da Caixa Econômica Federal, com a indicação de Carlos Antônio Vieira Fernandes, o Centrão quer agilizar a negociação das 12 vice-presidências da instituição, que gerem as operações financeiras de programas com orçamentos voluptuosos e de forte apelo social e eleitoral, a exemplo do Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.

Em agenda em Pernambuco, o ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, sinalizou que haverá uma dança das cadeiras na Caixa, mas minimizou o impacto delas nas ações do governo. Segundo ele, que também já teve o cargo cobiçado pelo Centrão, os programas operados pelo banco estão sob o comando dos ministérios e, principalmente, do presidente Lula. 

"Somos um país que já passou por muitos testes e mudanças. Estamos organizando uma base, um time, um conjunto de líderes. Quem comanda as mudanças é o presidente. Qualquer que seja o processo de mudança, o projeto é o mesmo, que é tirar o Brasil do mapa da fome, que é o crescimento econômico do país. E as pessoas que se integram ao governo sabem a importância de trabalhar em conjunto. Ninguém faz nada sozinho", disse  o ministro em entrevista exclusiva ao Diario de Pernambuco

A troca no comando da Caixa foi anunciada pelo presidente Lula na última quarta (25). A economista Rita Serrano, que é funcionária de carreira do banco, foi demitida em troca da ampliação da base aliada no Congresso. Lula precisa de apoio do bloco composto pelo PP, Republicanos, PSD e União Brasil, o chamado Centrão, para aprovar pautas importantes para agenda de governo do petista.

A mudança era esperada desde de agosto, mas foi ultimada depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), considerado o principal condutor das negociações do bloco, foi retratado dentro de uma lixeira em uma exposição da Caixa Cultural. A mostra irritou o progressista e interlocutores e o presidente teve que correr para formalizar a promessa.  

Horas após o anúncio do nome de Carlos Antônio Vieira Fernandes, a Câmara dos Deputados aprovou uma das pautas prioritárias do Palácio do Planalto: o Projeto de Lei de taxação dos super-ricos. A votação da proposta estava travada desde o último dia 14. Foram 323 votos a favor, 119 contra e uma abstenção. A proposição antecipa a cobrança de Imposto de Renda de fundos exclusivos e passa a taxar as offshores. Agora, o texto segue para o Senado. 

No esforço por apoio, Lula já havia cedido ao Centrão os ministérios do Esporte e Portos e Aeroportos para o PP e o Republicanos.

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