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Secretário da Fazenda nega desequilíbrio fiscal e diz que PE conta com R$ 3,4 bi para 2023

Publicado em: 27/12/2022 14:42 | Atualizado em: 27/12/2022 18:51

 (Foto: Rômulo Chico/DP)
Foto: Rômulo Chico/DP

Um dia após a equipe de transição do governo Raquel Lyra (PSDB) ter apresentado informações sobre a situação orçamentária de Pernambuco, o governo do estado convocou uma coletiva de imprensa com o atual secretário da Fazenda, Décio Padilha, nesta terça-feira. Durante a oportunidade, foram apresentados dados que rebatem informações repassadas, na última segunda-feira, pela vice-governadora eleita, Priscila Krause (Cidadania), que chamou de “desequilibrado” o atual cenário fiscal do estado. No entanto, Padilha, reforçando nota divulgada ontem pelo governo, disse que Pernambuco possui, atualmente, R$ 2,9 bilhões em caixa e R$ 3,4 bilhões garantidos para 2023.

 

De acordo com o balanço divulgado ontem pela coordenadora do grupo de transição, Priscila Krause, o estado apresenta um aumento de despesas acima da inflação em 2022, o que corresponde a R$ 6 bilhões quando comparado a 2021. Ainda foi constatado uma "subestimação de despesas futuras", já que "o Projeto de Lei Orçamentária 2023 não está fixando devidamente as despesas correntes, a diferença pode ser de até R$ 4 bilhões", apresentou Priscila, que também disse ter receios que falte dinheiro para obras a serem realizadas em 2023.

 

Contudo, os dados apresentados pelo secretário Décio Padilha exibem um estado diferente do anunciado pela equipe de Raquel Lyra. “Dos meus 29 anos de carreira como auditor fiscal eu posso registrar que o estado de Pernambuco nunca esteve em uma condição tão boa”, declarou Padilha, que em seguida afirmou que, atualmente, o estado possui R$ 2,9 bilhões em caixa.

 

Além disso, o secretário da Fazenda garantiu que a partir de 1º de janeiro o próximo governo terá R$ 3,4 bilhões para aplicar em investimento, montante que, de acordo com o titular da Fazenda, é garantido pela União. “Garantia da União para fazer empréstimo. A União assina o contrato de empréstimo com o estado porque o estado se equilibrou e isso só foi possível porque trabalhamos em três eixos”, explicou o secretário elencando cortes com despesas, redução de benefício fiscal em 10% e o alavancamento da receita como os eixos principais.

 

Reiterando a apresentação de Décio Padilha, o secretário do Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, que também participou da coletiva, criticou as falas de Priscila Krause, que mencionou a possibilidade de falta de verbas para o ano que vem. “Uma falsa polêmica”, cravou Rebêlo, que também explicou que os R$ 3,4 bilhões ainda não estão no orçamento de 2023 para evitar gastos desnecessários.  “A gente não coloca no orçamento porque na hora que é colocado uma receita muito alta você tem uma pressão para o gasto, as secretarias vão querer gastar aquilo (já que é um valor que estará disponível”, disse. “Mas a gente espera acontecer, quando de fato conseguir buscar o dinheiro colocá-lo no orçamento”, continuou.

 

O anúncio foi feito durante última semana do governo Paulo Câmara, que encerra seu mandato no próximo domingo, após oito anos seguidos à frente do Executivo estadual. A saída de Câmara também encerra um ciclo de 16 anos ininterruptos do PSB no comando do Palácio do Campo das Princesas, dando início ao governo de Raquel Lyra, que assume o poder no próximo 1º de janeiro.

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