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ELEIÇÕES

Lula tem 13 pontos a mais do que Bolsonaro em Minas, diz nova pesquisa

Publicado: 30/07/2022 às 15:58

/crédito: Mauro Pimentel/AFP e Nelson Almeida/AFP

/crédito: Mauro Pimentel/AFP e Nelson Almeida/AFP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 13,3 pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) na etapa de Minas Gerais da corrida rumo ao Palácio do Planalto. O petista tem 44,8% das intenções de voto, contra 31,5% do atual chefe do poder Executivo federal. Os números estão em pesquisa do Instituto F5 Atualiza Dados, divulgada neste sábado (30).

Depois dos líderes, três candidatos estão tecnicamente empatados, por causa da margem de erro de 2,5 pontos, para mais ou para menos, do levantamento. O grupo é encabeçado por Ciro Gomes, do PDT, que soma 2,9%. Depois, aparecem o deputado federal André Janones (Avante), com 2,4%, e a senadora Simone Tebet (MDB), com 0,8%.

Outros sete presidenciáveis, também tecnicamente empatados entre si - e, também, com Tebet e Janones -, formam o terceiro pelotão do recorte mineiro da eleição nacional. O coach Pablo Marçal, do Pros, e a cientista social Vera Lúcia, do PSTU, têm 0,6% cada. Depois, há o cientista político e empreendedor Felipe d'Avila, do Novo, que tem 0,2%. Marçal e Vera empatam, ainda, com Ciro.

Com 0,1% aparecem a economista Sofia Manzano (PCB), o deputado federal Luciano Bivar (União Brasil) e o ex-deputado constituinte José Maria Eymael (DC). Leonardo Péricles, integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e candidato da Unidade Popular (UP), não pontuou.

O levantamento registrou, ainda, 8,8% de indecisos. Outros 6,9% avaliam a possibilidade de votar nulo ou em branco. As abstenções correspondem a 0,2% do total de entrevistados.

Os números correspondem ao recorte estimulado, em que os eleitores são instados a opinar a partir de uma lista predefinida de eventuais candidatos.

Domilson Coelho, diretor-executivo do Instituto F5 Atualiza Dados, diz que Minas Gerais será importante no pleito nacional por ser dona do segundo maior colégio eleitoral do país.

Para ele, o estado tende a reproduzir a polarização vista Brasil afora. A ausência da consolidação de um nome alternativo a Lula e Bolsonaro, conforme Domilson, contribui para o desenho atual.

"O eleitor que esperava um nome da terceira via está optando entre Lula e Bolsonaro. Ele vê quem tem mais simpatia ou quem aceita mais para definir o voto", explica.
 
Indecisos à frente em cenário espontâneo 

O Instituto F5 fez, ainda, uma sondagem espontânea, permitindo aos eleitores a citação livre do candidato desejado para ocupar a presidência. Nesse cenário, embora Lula tenha angariado 22,9% da preferência, há 40,2% de indecisos. Bolsonaro, por sua vez, conseguiu 17,6% das menções.

Outros postulantes estão tecnicamente empatados na cena espontânea. À frente em termos numéricos, vai Ciro Gomes (1,2%). Depois, aparecem Simone Tebet (0,6%), Pablo Marçal (0,4%) e André Janones (0,3%). Os demais presidenciáveis não pontuaram.

Romeu Zema (Novo) governador mineiro e candidato à reeleição, foi citado por 0,1% dos participantes mesmo sem estar na disputa pelo Planalto. João Amoêdo, presidenciável do Novo na eleição passada, obteve igual índice - ele não estará no páreo neste ano.

Registrados, também, 8,5% de potenciais nulos/brancos. Outros 8,1% não responderam.


Lula vence Bolsonaro no segundo turno

Os pesquisadores testaram, também, um segundo turno com a presença de Lula e Bolsonaro. A vitória no confronto direto é do petista, com 49,2% das intenções de voto, ante 36,2% conquistados pelo adversário. A reboque do embate, há 8,9% de brancos/nulos, 4,4% de indecisos e 1,3% de abstenções.

O palanque de Lula em Minas já está definido. Ele caminhará ao lado do PSD, que apresentou as candidaturas de Alexandre Kalil ao governo e de Alexandre Silveira ao Senado.

No plano nacional, o ex-presidente não deve ter o apoio dos pessedistas no primeiro turno. Apesar disso, constrói frente que, além do PT, terá PV, PCdoB, PSB, Rede Sustentabilidade, Psol e Solidariedade.

Bolsonaro, por sua vez, articula um cordão formado por partidos ligados ao Centrão. Ao lado dele, devem estar, por exemplo, PP e Republicanos. Em Minas, o PL apresentou o senador Carlos Viana como pré-candidato, mas ainda não o oficializou no páreo. Marcelo Álvaro Antônio, outro liberal, deseja disputar o Senado pelo estado - ele também não teve a candidatura ratificada.

Paralelamente, Romeu Zema, embora tenha sido cortejado publicamente por Bolsonaro e admita a possibilidade de uma aliança estadual com o PL, tem pregado lealdade a Felipe d'Avila.

O nível de confiança dos resultados vistos na pesquisa F5/EM é de 95%. Para a obtenção dos números, foram feitas 1.625 entrevistas presenciais entre os dias 25 e 28 de julho. A sondagem está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-09704/2022 e BR-05714/2022.
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