Pré-candidato ao governo, João Arnaldo disse estar na hora de Pernambuco romper com "oligarquias"
Publicado: 10/06/2022 às 20:45

/Foto: Eric Gomes
Mencionando os/as pré-candidatos/as que disputarão as eleições deste ano e que integram as famílias tradicionais da política pernambucana, João Arnaldo (PSOL) disse ser o único que “não compõe essa realidade”. “São filhos da velha oligarquia”, asseverou, durante sabatina realizada pelo UOL e Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira. Ex-aliado de Marília Arraes nas eleições municipais de 2020, João também comentou os rumos tomados pela ex-petista, que, de acordo com o psolista, tem se distanciado das pautas progressistas.
“Precisamos deixar de ser um estado com a maior desigualdade a Região Metropolitana com a população mais pobre do país. Isso é a realidade dessa política de oligarquias”, asseverou Arnaldo em referência aos pré-candidatos Anderson Ferreira (PL), Marília Arraes (SD), Miguel Coelho (UB), Raquel Lyra (PSDB) e Danilo Cabral (PSB) ligados a famílias tradicionais no campo político pernambucano. “Temos que fazer Pernambuco virar uma república, (...) as pessoas precisam ter prioridade, políticas com garantia e os recursos precisam atender as necessidades da população”, continuou.
Em um cenário inédito em que duas mulheres - Marília Arraes, 1º lugar; e Raquel Lyra, em 2º - lideram a disputa pelo governo do estado, João Arnaldo, de acordo com a pesquisa Exame/Ideia divulgada nesta quinta-feira aparece em 6ª posição, com 2% das intenções de voto, atrás do pré-candidato socialista Danilo Cabral, que aparece com 8%. “Em Pernambuco o PSB se abraçou com o que tem de mais atrasado na política”, comentou se referindo as alianças criadas pela Frente Popular - arco de alianças comandadas pelo PSB no estado - composta por siglas como Avante e PP.
No entanto, Progressistas e Avante tem sinalizado que devem sair do grupo para apoiar a rival do PSB e pré-candidata Marília Arraes, assim como fez o PSD, de André de Paula, pré-candidato ao Senado pela chapa da ex-petista.
Marília disputou as eleições municipais de 2020 ao lado de João Arnaldo, que concorreu ao cargo vice, à época. Após saída do PT, em março deste ano, Marília ingressou no Solidariedade e tem atraído partidos conservadores antes aliados aos socialistas. Questionado sobre o caminho trilhado pela ex-aliada, João Arnaldo disse que a pré-candidata tem se afastado de princípios antes defendidos. “Eu acho que ela está sinalizando que as bandeiras da esquerda não são referência prioritária do seu projeto”, opinou.
“Ela já fechou com PSD, agora está anunciando seu vice o Sebastião Oliveira (Avante), sobrinho de Inocêncio Oliveira, um dos políticos mais tradicionais da velha política de Pernambuco e da direita pernambucana”, detalhou, “Sebastião (...) assim como o deputado André de Paula que e votava os projetos de Bolsonaro, apoiou o impeachment (da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT)”. Contudo, em meio a efervescência do tabuleiro político no estado, João Arnaldo se diz esperançodo.
“Estou muito convencido, inclusive com as pesquisas qualitativas, que vai haver muitas surpresas nessa eleição (...)Estamos trabalhando para chegar no segundo”, completou.

