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Política

Danilo Cabral solicita quebra de sigilo de reuniões entre Bolsonaro e pastores suspeitos de corrupção

Publicado: 22/06/2022 às 19:19

/Foto: Reprodução

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A prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na manhã de hoje, tem repercutido no Congresso Nacional. Parlamentares têm exigido transparência na apuração do caso, dentre eles o deputado federal e pré-candidato ao governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), que enviou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, um ofício pedindo celeridade no julgamento de uma ação do PSB, que solicita a quebra de sigilo imposto pelo governo federal à lista de pastores envolvidos em supostos pedidos de propina para liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC).

Preso no âmbito da operação Acesso Pago, desencadeada pela Polícia Federal, Milton Ribeiro se soma a extensa lista de escândalos envolvendo nomes próximos ao presidente Jair Bolsonaro, que, em mais de uma vez, chegou a afirmar não existir corrupção em seu governo.  Em uma gravação feita em março, o ex-titular da Educação, aparece afirmando ter liberado dinheiro do Ministério, a pedido de Bolsonaro, para beneficiar dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de comandarem um "gabinete paralelo" dentro do MEC.

Devido a repercussão do caso, Bolsonaro colocou sigilo de 100 anos sobre as reuniões que teve com os pastores. Com isso, o partido socialista acionou o STF solicitando a quebra do sigilo para que se possa ter acesso a mais informações referentes aos líderes religiosos envolvidos em supostos pedidos de propina para liberação de verbas do MEC. A ação está nas mãos do ministro André Mendonça.

"Com as prisões de Milton Ribeiro e do pastor, realizadas hoje pela Polícia Federal, torna-se evidente que o sigilo colocado sobre as reuniões não é apenas ilegal, configura-se, na verdade, como obstrução à justiça", destaca Danilo Cabral. "Por isso, estou encaminhando ofício ao ministro André Mendonça e ao presidente do STF, Luiz Fux, pedindo o imediato julgamento de nossa ADPF", continua. 

Danilo defende também que haja uma rigorosa apuração das denúncias pelo Congresso Nacional. "O povo brasileiro se recorda das denúncias de que ele estava trocando o futuro dos jovens do Brasil por barras de ouro. Bolsonaro desmontou a educação pública do Brasil, não apresentou uma política estratégica para o futuro do Brasil e, agora, está efetivamente envolvido no mar de lama na educação", conclui.

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