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Política
ELEIÇÕES

Lira rebate Lula: 'Posso ser comparado a um imperador, mas nunca a um ditador'

Publicado: 03/05/2022 às 18:36

/Foto: Reprodução/TV Câmara

/Foto: Reprodução/TV Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), rebateu em coletiva de imprensa, no Salão Nobre do Congresso Nacional, nesta terça-feira (3), as críticas que sofreu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o chamou mais cedo de “imperador do Japão”. Lira rebateu: “Eu posso ser comparado um imperador, mas nunca a um ditador”.

Segundo Lira, o petista não tem o que dizer sobre ele, pois não o conhece pessoalmente. “O presidente Lula não tem o que falar sobre o deputado Arthur Lira porque ele não me conhece e nunca conversou comigo, nunca tomou um café, nunca bateu um papo, nunca tive um prazer ou o desprazer de estar com ele. Então, eu não costumo falar ou emitir juízo sobre pessoas com quem eu não conversei.”

Semipresidencialismo
 
Para o presidente da Câmara, Lula vem cometendo atos falhos o tempo todo. “Querer me comparar, dizendo que eu sou poderoso, ao imperador do Japão, ele [Lula] comete um ato falho com a política mundial muito grave. Ele bateu no primeiro-ministro do Japão [Fumio Kishida], que tem poder no país”, argumentou Lira.

“Eu não tenho projeto de longo prazo. Meu mandato de presidente se encerra em fevereiro de 2023, e tenho a possibilidade de me reeleger juridicamente, constitucionalmente. Falar de semipresidencialismo como golpe é desconhecimento ou má informação. Falar de mim sem conhecer, é má-fé”, destacou.

Ainda de acordo com Lira, ao tocar na pauta do semipresidencialismo, Lula cometeu um ato de grosseria, "uma desinformação”, antes mesmo do resultado das eleições de outubro.

“Ele [Lula] não pode querer pautar antes de ser eleito ou não o que este Congresso vai debater. Todos vocês estão calejados de saber, nós queremos uma proposta de debate, e uma comissão está formada para um assunto de implementação em 2030, se for aprovado”, disse, em referência ao grupo de trabalho que debate semipresidencialismo na Câmara.
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