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'Homens que tratam mulheres como objeto deveriam passar por castração química', defende Júnior Tércio

Publicado em: 07/03/2022 21:10

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
Diante da repercussão das declarações do deputado estadual paulista, Arthur do Val (Podemos) que disse, entre outras coisas, que as mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres", o representante do partido no Recife, vereador e Pastor Júnior Tércio, foi à tribuna da Câmara nesta segunda-feira (07) repudiar as falas do deputado que já tem pedido de expulsão solicitado, de acordo com uma nota divulgada pelo partido.

De acordo com o vereador, "homens que tratam mulheres como objetos deveriam passar por uma castração química porque é muita falta de humanidade". O parlamentar reforçou ainda que o homem tem que proteger a mulher, podendo até dar a sua própria vida por ela, fazendo referência ao ensinamento bíblico que diz: "Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela". Efésios 5:25-31.

Junior Tércio enfatizou na tribuna que as declarações de Arthur do Val, conhecido como 'Mamãe Falei', configuram "um verdadeiro desrespeito a essas mulheres que enfrentam momentos de terror, em meio a um conflito armado, que fragiliza e vulnerabiliza ainda mais as mulheres ucranianas, suas famílias e todo o povo ucraniano. A atitude do deputado foi repugnante, desumana, assim como sórdida porque não só atinge as mulheres ucranianas, que tiveram suas vidas destruídas por um conflito que não deram causa, mas por ferir todas as mulheres do mundo, já que dignidade e respeito são conceitos universais", completou.

O diretório nacional do partido recebeu nesta segunda-feira o pedido de expulsão do deputado e deu abertura ao processo disciplinar interno. Encaminhada à presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu, a petição foi remetida ao diretório estadual de São Paulo, estado do novo filiado, que ingressou recentemente na legenda há pouco mais de 30 dias.

De acordo com o partido, "a realização do procedimento é necessária para qualquer tipo de punição, em respeito à ampla defesa e ao contraditório". Assinado pelas presidentes do Podemos Mulher Nacional e estadual de São Paulo, respectivamente, Márcia Pinheiro e Alessandra Algarin, o pedido é pela punição mais grave: a de expulsão.
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