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Política

'Incompetente, incapaz e despreparado', diz Renildo Calheiros sobre governo Bolsonaro

Publicado: 24/11/2021 às 12:03

/Foto: Reprodução

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Apesar do clima de polarização que envolve as eleições de 2022, candidatos da terceira via têm buscado aplacar o cenário segmentado entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT). Nomes como o de Ciro Gomes (PDT), Rodrigo Pacheco (PSD), João Doria (PSDB) e Moro (Podemos) se apresentam como principais alternativas. Apesar das movimentações, o deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE) acredita que a disputa será travada entre Lula e Bolsonaro. “Não creio que haja muito espaço para a 3ª via”, avaliou.  Em entrevista ao programa Manhã na Clube, o parlamentar também falou sobre a união da ala opositora progressista a fim de emplacar derrota “fragorosa” a Bolsonaro, a quem se refere como “presidente incompetente, incapaz e despreparado”.

 

“Eu creio que a grande disputa será entre Lula e Bolsonaro”, palpita Renildo Calheiros que se apoia em uma lógica matemática apresentada pelas últimas pesquisas eleitorais que apontam o clima polarizado que marcará as eleições do próximo ano. Nas análises do parlamentar, Boslonaro perdeu apoio nos últimos meses, mas ainda tem a seu favor um percentual considerável de apoiadores. Em contrapartida, Lula surge como primeira opção na corrida pela presidência, o que dificulta a pavimentação de caminhos para uma possível 3ª via.

 

“(...) toda pesquisa mostra que ele [Jair Bolsonaro] passa dos 20% o que mostra que ele ainda tem força, e há a candidatura do ex-presidente Lula que vem crescendo muito, todas as pesquisas que a gente vê ele oscila ali entre 40%”, explicou Renildo. “Então, já se tem quase 70% do eleitor nessa polarização entre Lula e Bolsonaro, (levando em consideração que) tem uma parte que não vota, que se abstém, então a margem que fica aberta para ser ocupada por uma 3ª via é pequena”, disse o parlamentar que também destacou a fragmentação entre o grupo o que, na visão do deputado, dificultará ainda mais uma possível eleição de algum desses candidatos que buscam romper com o cenário de polarização.  

 

Afastando-se da possibilidade de uma terceira via como ameaça, Renildo reforça a importância da ala oposicionista se unir para derrotar o presidente Bolsonaro. “Nessa eleição (de 2022) a coisa mais importante que o Brasil tem a fazer é impor uma derrota fragorosa a Bolsonaro, que é um presidente incompetente, incapaz, despreparado”, asseverou Renildo Calheiros. “Mas, infelizmente, ele foi eleito, nós vamos ter então que derrota-lo nas eleições (...) Estamos naquela fase de tentar juntar as pessoas que têm pensamento mais progressistas para essas forças juntas derrotarem Bolsonaro e, assim, iniciarmos um novo ciclo no Brasil”.

 

Pernambuco

 

Filiado a uma das siglas integrantes da Frente Popular – encabçada pelo PSB -, Renildo Calheiros falou do cenário político de Pernambuco para 2022, que, em sua avaliação, ainda não está consolidado, destacando a fase de diálogos vivenciada por diversos partidos na busca do amadurecimento de diretrizes que serão adotadas nas eleições do próximo ano, dinâmica também seguida pelo PSB. “É natural o papel relevante do PSB no estado pelo fato de estar exercendo o governo estadual e a prefeitura da capital. Então (a sigla) está conversando, pra ver como fixar a questão da candidatura a governador (...) daqui a pouco vai surgir a costura de uma chapa”, pontuou.

 

Na oposição, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM) são as principais figuras para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas. Com sua pré-candidatura na pista, Miguel saiu na frente entre os nomes oposicionistas, enquanto que Raquel e Anderson, apesar de aliados, ainda não se posicionaram sobre uma possível formação de chapa ou chapas distintas na disputa pelo governo, Anderson ainda surge como uma possibilidade ao Senado.

 

Analisando de forma amistosa o desenrolar do grupo oposicionista, Renildo Calheiros disse não ter uma leitura concisa sobre as movimentações. “Não sei se irão com as três candidaturas, ou se vão se unir”, comentou. “Mas nós vamos entrar naquela fase onde as coisas vão começar a se afunilar, porque eu creio que por volta de março do ano que vem esse cenário estará definido”, finalizou.

 

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