Política
DEMOCRACIA
Pacheco após reunião com governadores: 'não se negocia a democracia'
Publicado: 02/09/2021 às 13:16

/crédito: Marcos Brandão/Senado Federal
Após reunião com governadores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quinta-feira (2) que "não se negocia a democracia".
"É muito importante que estejamos todos unidos, respeitando as divergência, na busca de consensos, na busca de convergências, mas com um aspecto que é para todos nós inegociável: não se negocia a democracia. A democracia é uma realidade, o estado de direito é uma realidade. A sociedade já assimilou esses conceitos e valores, de modo que estaremos sempre todos unidos neste propósito de preservação da democracia," declarou Pacheco.
O parlamentar destacou que no encontro foram tratados temas como a pandemia de Covid-19, a inflação incidente em combustíveis, gás de cozinha, energia elétrica e alimentos e a harmonia entre os poderes.
De acordo com o presidente do Senado, "não há melhor ambiente do que a democracia" e que é a preservação desse valor que criará o "ambiente propício" para a evolução do Brasil. Entre os líderes estaduais presentes estavam Ibaneis Rocha (DF), Helder Barbalho (PA) e Wellington Dias (PI), membros do Fórum dos Governadores.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, declarou haver uma preocupação dos governadores com o que caracterizou de "esgarçamento das relações entre os poderes".
"Existe também uma unanimidade no sentido de que temos que caminhar juntos pela democracia. Isso foi pauta da última reunião e reafirmado aqui hoje com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no sentido de que a gente possa distensionar o país".
"Nós temos um reflexo muito ruim na economia, no encarecimento do preço de produtos e agora a gente possa dissipar esse ambiente, trazendo para a serenidade da política o estado democrático de direito", concluiu.
Os recados ao chefe do Executivo ocorrem em meio a uma crise provocada por ele próprio diante de sucessivos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), agravada com o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes requerido pelo mandatário e rejeitado por Pacheco.
A agenda com os governadores ocorreu através de um requerimento enviado a Pacheco. O pedido também foi feito ao presidente Jair Bolsonaro, ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, e ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP/AL).
Apesar da tentativa de governadores de buscar uma pacificação do Executivo com o Judiciário, o pedido de reunião com Bolsonaro não deve ser aceito. O chefe do Planalto não avalia de forma positiva um eventual encontro com os gestores, pois entende que o evento serviria apenas para desgastá-lo ainda mais no cenário político.
Desde o início da pandemia, o chefe do Executivo coloca a culpa nos governadores pelo aumento da taxa de desemprego e alimentos, sob o argumento de que medidas de isolamento social para prevenir a doença, entre as quais o fechamento do comércio, foram as que mais contribuíram para a redução dos postos de trabalho. Ele tem empurrado para os gestores, também, a responsabilidade pela disparada dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha.
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