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ELEIÇÕES 2022

Felipe Carreras defende candidatura própria do PSB à presidência

Publicado em: 21/07/2021 14:01 | Atualizado em: 21/07/2021 19:28

 (Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Para o deputado federal Felipe Carreras (PSB), os socialistas deveriam mirar mais alto do que uma aliança com o PT e tentar candidatura própria na corrida presidencial de 2022, tal como Eduardo Campos fez em 2014. “Acho que o partido poderia procurar o terceiro nome. Eduardo apontou o caminho em 2014”, disparou. As declarações foram dadas ao programa Manhã na Clube, da Rádio Clube AM, chefiado pelo titular da coluna Diario Político, Rhaldney Santos.

De acordo com o parlamentar, a candidatura socialista para o Planalto representaria um caminho melhor do que a aliança com o PT, visto que a sigla representa uma “polarização”. “Eu desejo que a gente fuja dessa polarização, do extremismo que o Brasil atravessa, do radicalismo do Bolsonaro e do radicalismo do PT”, assinalou. Felipe reforçou que o PSB poderia representar a tão aclamada terceira via. “Eu ficaria satisfeito se o PSB seguisse esse rumo e, dentro de seus quadros, venha a colocar o seu nome”, cravou.

A ideia de candidatura própria é compartilhada por outras lideranças socialistas, como o prefeito do Recife, João Campos, que em abril afirmou a capacidade do partido de lançar o próprio projeto. “Defendo que o PSB tenha um candidato próprio à presidência, que represente esse conjunto de ideias que Eduardo Campos levantou e que depois Marina Silva foi dar continuidade em 2014”, ressaltou, na época. De acordo com João, ainda daria para ser utilizado o plano de governo de Eduardo, de sete anos atrás.

O restante da legenda ainda não se unificou quanto às possibilidades para 2022, parte defende a aliança com o PT, outra parte prefere seguir o caminho com o laço pedetista, firmado em diversas capitais nas últimas eleições municipais, incluindo o Recife. Também há figuras que acreditam na possibilidade da candidatura socialista à presidência, como João Campos e Felipe Carreras.

Quando questionado sobre as eleições governamentais e se o PSB seria o partido a indicar o candidato para o Palácio, o parlamentar Felipe Carreras afirmou que esse seria o caminho “natural” a ser seguido. “Estamos em um projeto político desenvolvido pelo PSB e comandado pelo saudoso Eduardo Campos”, destacou. Para o parlamentar, o projeto socialista tem sido satisfatório e colaborado com a evolução de Pernambuco. As alianças ainda não foram fechadas e se o PSB se enlaçar com o PT, ainda será discutido qual legenda indicará o candidato e quais quadros ocuparão as posições da chapa. “Acho natural que seja indicado alguém do PSB, o meu candidato a governador é Geraldo Júlio”, concluiu.

Fundo eleitoral
O parlamentar também discorreu sobre o fundo eleitoral, tópico que tem ganhado espaço nas redes sociais ultimamente. O deputado votou contra o projeto e afirmou ser contra o gasto de mais dinheiro público para bancar a campanha. “Qualquer milhão, nessa situação que o brasil atravessa, é muito dinheiro, e as pessoas não entendem isso. Votei contra e acho inapropriado”, firmou. Para Carreras, é necessário mais debate sobre o tópico tanto entre os parlamentares quanto com o público, em geral.

Voto auditável
Felipe criticou o posicionamento do presidente Bolsonaro (Sem partido) de questionar o resultado do sistema de votos. “Como o presidente eleito questiona a eleição dele mesmo?”, disparou.  Carreras afirmou que seriam R$ 2 bilhões em dinheiro público para mudar o sistema e que não haveria necessidade de alterações no momento. “Nunca teve indício de alterações. Sou contra torrar o dinheiro público para alterar um sistema já consolidado na democracia brasileira”, assinalou.

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