CPI

Alessandro Vieira sobre ameaças na CPI: 'Vivemos em um Estado miliciano'

Publicado em: 10/06/2021 13:48

 (foto: Agência Senado/Reprodução
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foto: Agência Senado/Reprodução
“É um Estado miliciano que vivemos hoje”, declarou o senador Alessandro Vieira durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid desta quinta-feira (10). 
 
Os senadores discutiam sobre a convocação de Ludhmila Hajjar, médica que não aceitou o cargo como ministra da Saúde. Segundo o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), a cardiologista sofre com ameaças e não deseja depor presencialmente às investigações por temer maior retaliação.
 
A exibição do depoimento em vídeo de Ludhmila para a CPI da Covid também foi suspensa pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM) após embate entre os parlamentares.
 
Alessandro Vieira defendeu a médica e disse que o risco vivenciado pelos profissionais que aceitam prestar esclarecimentos à comissão não é “brincadeira de internet.”
 
“É muito fácil exigir coragem dos outros sentado em uma cadeira, no ar condicionado, tranquilo tocando sua vida. Nós pedimos ao povo para estar nessa situação de disposição, fomos para rua pedir voto para estar nesta situação exposta. Essas pessoas não. Elas estavam vivendo a vida profissional delas normal. Foram chamadas por um governo que tem problemas sérios e ficam expostas porque tem conhecimentos de fatos relevantes que o Brasil precisa saber. Mas, há de se reconhecer o risco pessoal”, afirmou.
 
O senador também relatou que o momento político no país é grave, com grupo de milícias ameçando a opositores e a seus familiares.

“Hoje se acessa indiscriminadamente as fichas de dados das pessoas, o que permite que a ameaça chegue a filho, vizinho, pai e mãe. É um estado miliciano que vivemos hoje. Então, deixar isso muito claro para quem possa caminhar nessa CPI com responsabilidade e com todo mundo entendendo do que está acontecendo”, disse Alessandro.

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