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            Mulheres na política: Grandes passos dados, mas ainda um longo caminho pela frente
Publicado: 24/02/2021 às 08:00
 
                                (Divulgação)
 A vereadora Dani Portela (PSOL) afirmou que essa falta de paridade afeta o estado democrático de Pernambuco. "Para mim, a democracia só será completa com a  efetiva participação das mulheres na política, somos maioria na sociedade e minoria nos espaços de poder", ressaltou. Dani comentou que como o direito ao voto ainda é recente para as mulheres, o ambiente político ainda é inóspito para o gênero feminino. %u201CDesses 14,5%, quantas são negras, lgbts, trans, quilombolas ou indígenas? Ser mulher não é único, é plural e diverso. Essa diversidade que existe na sociedade não é vista na representação política. Com menos mulheres na política, comprovadamente há menos políticas públicas para mulheres", ponderou, opinião que suas colegas de partido, as Juntas, concordaram.
A vereadora Dani Portela (PSOL) afirmou que essa falta de paridade afeta o estado democrático de Pernambuco. "Para mim, a democracia só será completa com a  efetiva participação das mulheres na política, somos maioria na sociedade e minoria nos espaços de poder", ressaltou. Dani comentou que como o direito ao voto ainda é recente para as mulheres, o ambiente político ainda é inóspito para o gênero feminino. %u201CDesses 14,5%, quantas são negras, lgbts, trans, quilombolas ou indígenas? Ser mulher não é único, é plural e diverso. Essa diversidade que existe na sociedade não é vista na representação política. Com menos mulheres na política, comprovadamente há menos políticas públicas para mulheres", ponderou, opinião que suas colegas de partido, as Juntas, concordaram.
  Joelma também comentou sobre a união das mulheres de diferentes partidos neste tópico. %u201CA gente tem nossas diferenças partidárias e de bandeiras, mas tem algo que nos une, a luta e a defesa das mulheres. Isso mantém o elo", concluiu a codeputada.
O que podemos fazer para mudar esse cenário?
As representantes que conversaram com o Diario têm uma ideia bem similar: O incentivo à educação e às atividades de formação política das mulheres. 
"Para mudar isso, tem que ter formação política para as meninas e mulheres. É preciso empoderar as meninas, principalmente dentro das comunidades.A gente precisa de espaço", comentou Gleide.
%u201CA gente vai precisar continuar travando essa luta. Mesmo com a obrigatoriedade de representação feminina, isso não aumentou a participação das mulheres na política. A gente precisa de paridade. O uso de mulheres com candidaturas laranjas só demonstra o quanto esse ambiente ainda é inóspito, muitas sequer têm o apoio do próprio partido%u201D, ressaltou Dani Portela.
 
"É preciso trazer também essa diversidade de mulheres que a gente tem, todas precisam estar representadas na política. A gente quer promover atividades de formação pedagógica e conscientizar a importância da luta social e das mulheres na política", destacou Joelma. 
Conquista ao voto
O movimento sufragista tinha como principal objetivo estender o direito ao voto para as mulheres. O primeiro país que garantiu esse direito foi a Nova Zelândia, em 1893. No Brasil, a primeira conquista se deu no ano de 1928, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde Celina Guimarães fazia história, sendo a primeira mulher eleitora de toda América Latina. 
No entanto, no resto do país o voto feminino continuava proibido pelos próximos quatro anos.
'Mesmo que antes disso, ou seja, no começo do séc. XX, as mulheres já se juntavam nas ruas para se mobilizar. O grande impacto que vejo está na representatividade, na medida em que ocorre um fenômeno de identificação de outras mulheres com causas que requerem luta social', explicou a doutora em Antropologia Maria Cecília Patrício.
No dia 24 de fevereiro de 1932, o presidente Getúlio Vargas lançou o decreto no 21.076, instituindo o Código Eleitoral Brasileiro, que concedia o direito de votar às mulheres. Porém havia inúmeras restrições, mulheres poderiam votar apenas se fossem casadas- com autorização de seus esposos- ou viúvas com renda própria. 'Sabe-se que, nesta época, não era o voto da mulher e sim de quem seu marido quisesse. Por isso contamos como voto feminino a partir de 1934', comentou Joelma Carla. 
Dois anos depois essas limitações deixaram de existir e o voto feminino passou a ser previsto na Constituição. 'A sua aprovação já veio como impacto pelo fato de se poder entender que as mulheres sempre foram maioria quantitativa e por isso deveriam sim, já naquela época, serem vistas e ouvidas', comentou Patrício.
Para a antropóloga, o melhor caminho de mudança desse cenário se encontra na educação. Cecília defende que essa temática deve ser abordada em grades curriculares e matérias escolares. 'Até a sensibilidade atiçada nos nossos estudantes que precisam de uma escola aberta e renovada sem decretos que inibem os professores e pessoal que alimentam a escola de novas idéias', concluiu a doutora.
Joelma também comentou sobre a união das mulheres de diferentes partidos neste tópico. %u201CA gente tem nossas diferenças partidárias e de bandeiras, mas tem algo que nos une, a luta e a defesa das mulheres. Isso mantém o elo", concluiu a codeputada.
O que podemos fazer para mudar esse cenário?
As representantes que conversaram com o Diario têm uma ideia bem similar: O incentivo à educação e às atividades de formação política das mulheres. 
"Para mudar isso, tem que ter formação política para as meninas e mulheres. É preciso empoderar as meninas, principalmente dentro das comunidades.A gente precisa de espaço", comentou Gleide.
%u201CA gente vai precisar continuar travando essa luta. Mesmo com a obrigatoriedade de representação feminina, isso não aumentou a participação das mulheres na política. A gente precisa de paridade. O uso de mulheres com candidaturas laranjas só demonstra o quanto esse ambiente ainda é inóspito, muitas sequer têm o apoio do próprio partido%u201D, ressaltou Dani Portela.
 
"É preciso trazer também essa diversidade de mulheres que a gente tem, todas precisam estar representadas na política. A gente quer promover atividades de formação pedagógica e conscientizar a importância da luta social e das mulheres na política", destacou Joelma. 
Conquista ao voto
O movimento sufragista tinha como principal objetivo estender o direito ao voto para as mulheres. O primeiro país que garantiu esse direito foi a Nova Zelândia, em 1893. No Brasil, a primeira conquista se deu no ano de 1928, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde Celina Guimarães fazia história, sendo a primeira mulher eleitora de toda América Latina. 
No entanto, no resto do país o voto feminino continuava proibido pelos próximos quatro anos.
'Mesmo que antes disso, ou seja, no começo do séc. XX, as mulheres já se juntavam nas ruas para se mobilizar. O grande impacto que vejo está na representatividade, na medida em que ocorre um fenômeno de identificação de outras mulheres com causas que requerem luta social', explicou a doutora em Antropologia Maria Cecília Patrício.
No dia 24 de fevereiro de 1932, o presidente Getúlio Vargas lançou o decreto no 21.076, instituindo o Código Eleitoral Brasileiro, que concedia o direito de votar às mulheres. Porém havia inúmeras restrições, mulheres poderiam votar apenas se fossem casadas- com autorização de seus esposos- ou viúvas com renda própria. 'Sabe-se que, nesta época, não era o voto da mulher e sim de quem seu marido quisesse. Por isso contamos como voto feminino a partir de 1934', comentou Joelma Carla. 
Dois anos depois essas limitações deixaram de existir e o voto feminino passou a ser previsto na Constituição. 'A sua aprovação já veio como impacto pelo fato de se poder entender que as mulheres sempre foram maioria quantitativa e por isso deveriam sim, já naquela época, serem vistas e ouvidas', comentou Patrício.
Para a antropóloga, o melhor caminho de mudança desse cenário se encontra na educação. Cecília defende que essa temática deve ser abordada em grades curriculares e matérias escolares. 'Até a sensibilidade atiçada nos nossos estudantes que precisam de uma escola aberta e renovada sem decretos que inibem os professores e pessoal que alimentam a escola de novas idéias', concluiu a doutora.
 
                
            
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