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Candidaturas coletivas: por um Recife mais democrático

Publicado em: 03/11/2020 15:10 | Atualizado em: 03/11/2020 16:21

O Professor Nélio Fonseca (PSB) é quem lidera a chapa Recife Sustentável. (Foto: Instagram/Reprodução)
O Professor Nélio Fonseca (PSB) é quem lidera a chapa Recife Sustentável. (Foto: Instagram/Reprodução)
A união faz a força. Um ditado popular que está, cada vez mais, ganhando corpo e se fazendo valer no mundo político. Assim podem ser definidas as candidaturas coletivas do Grande Recife. De acordo com levantamento feito por partidos de esquerda, neste ano, 18 candidaturas coletivas foram registradas. Nas eleições de 2018, a chapa do coletivo Juntas (Psol) conquistou o primeiro mandato coletivo para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

O feito, inédito no estado em Pernambuco, estimulou outros candidatos a seguirem o mesmo caminho na campanha municipal deste ano. As candidaturas conjuntas foram consolidadas pelos partidos em vários municípios, a exemplo do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). No Recife, duas candidaturas deste tipo chamam atenção: a do Recife Sustentável e Ativistas. 

O Professor Nélio Fonseca (PSB) é quem lidera a chapa Recife Sustentável. De acordo com ele, a chapa, composta por médicos e professores universitários, possui três pilares essenciais que vão gerir a candidatura deles na capital pernambucana: ambiental, social e econômico.  “Passamos pela construção de todos os co-vereadores e co-vereadoras do mandato coletivo. Equipe composta por médicos, ambientalistas. As decisões serão tomadas em conjunto, em formato de mesa redonda. Até as composições dos espaços que o mandato proporcionará. O coletivo é bíblico: diga com quem andas que direi quem és".

"Tendo em vista essa recuperação econômica, pós ou durante a Covid-19, a Cidade [Recife] se põe mais à frente dos desafios. Enquanto professor universitário e CEO de uma empresa no Porto Digital, encaro isso com desafio. E para eles temos soluções. Criamos essa estruturação de solução para os problemas ambientais, sociais e econômicos que compõem o tripé da sustentabilidade. E ambos precisam estar equilibrados”, detalha Nélio.

Chapa Ativistas composta por Sylvia Siqueira (E), Bruna Albuquerque (D) e Rodrigo Patriota (C) (Foto: Divulgação)
Chapa Ativistas composta por Sylvia Siqueira (E), Bruna Albuquerque (D) e Rodrigo Patriota (C) (Foto: Divulgação)


Composta por duas mulheres e um homem, a chapa Ativistas tem como objetivo lutar por pautas diversas. Pautas essas que abrangem meio ambiente, direitos humanos, LGBTI+ e saúde. Pautadas por mediação de conflitos e formas inovadoras de existir coletivamente.

Esses são dois pilares que constroem a candidatura Ativistas. "Precisamos de renovação das práticas políticas. Nesse sentido, nós enxergamos explicações em fazer uma candidatura coletiva. Mais que coletiva, ela é ativista. Nossos atos de campanha representam muitos movimentos: bike como transporte, reunir mulheres para dialogar nos territórios periféricos e demonstrar que o Recife tem experiências que devem ser escalonadas independente de classe”, destaca uma das co-vereadoras pela chapa Ativistas, Sylvia Siqueira (PDT).   
   
Em Jaboatão, a disputa proporcional trouxe como novidade a Bancada dos Comuns, formada por seis filiados do PCdoB. “Queremos dar voz a pessoas comuns. Por isso, decidimos compartilhar a candidatura e se formos eleitos e eleitas, teremos a representação oficial na tribuna por um dos integrantes”, explicou, em recente entrevista ao Diario, Flor Ribeiro, uma das componentes do grupo.
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