"Tráfico nem devia ser crime", diz candidato a vereador sobre André do Rap
Publicado: 13/10/2020 às 20:44

/Foto: Reprodução/Instagram
O candidato a vereador em São Paulo Marcelo Castro, do partido Novo, usou as redes sociais, nesta segunda-feira (12/10) para defender a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello de soltar o traficante André do Rap. Em seu post, o empresário ainda disse que "tráfico nem devia ser crime".
"A lei é clara: prisão preventiva por mais de 90 dias tem que ser fundamentada. Não foi. Acerta MAM. Ademais, o cara foi preso por tráfico, não foi por assassinato ou latrocínio. Tráfico nem devia ser crime", escreveu.
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O tal do %u201CAndré do Rap%u201D tava preso temporariamente há um ano.
— Marcelo Castro (@marcelocastrott) October 12, 2020
A lei é clara: prisão preventiva por mais de 90 dias tem que ser fundamentada. Não foi. Acerta MAM.
Ademais, o cara foi preso por tráfico, não por assassinato ou latrocínio.
Tráfico nem devia ser crime.
Nesta terça (13/10), após a repercussão do post, o candidato se desculpou e disse que não sabia que André do Rap era chefe da facção criminosa PCC. O empresário disse que achava que se tratava de "um vendedor de droga de baile funk".
Muita gente falando que o tal do %u201CAndré do Rap%u201D era um chefão do PCC.
— Marcelo Castro (@marcelocastrott) October 13, 2020
Eu não sabia. Com esse nome, achei que era vendedor de droga de baile funk.
Vi as matérias agora, parece grave. Neste caso, há claro risco à garantia da ordem pública.
Me retrato pelo tuíte anterior.
"Vi as matérias agora, parece grave. Neste caso, há claro risco à garantia de ordem pública. Me retrato pelo tuíte anterior", se desculpou.
André do Rap, apontado como chefe do PCC em São Paulo, foi solto no sábado (10/10), após ter um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello. No próprio sábado, o presidente do STF, Luiz Fux, anulou a decisão e determinou a prisão imediata do criminoso, que está foragido.
O traficante estava preso desde novembro de 2019 e tem duas condenações que somam mais de 15 anos de prisão.

