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Aécio Neves vira réu por tentativa de obstrução à Lava Jato

Publicado em: 05/07/2019 14:29 | Atualizado em: 05/07/2019 14:50

Valter Campanato/Agência Brasil
A Justiça Federal de São Paulo validou uma denúncia do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra Aécio Neves. O deputado responderá pela acusação de corrupção passiva e tentativa de obstrução da operação Lava Jato. 

A acusação é baseada nas delações de Joesley Batista, que afirmou ter pago R$ 2 milhões de reais ao deputado como propina. Em troca do dinheiro recebido, o deputado teria prestado favores a Joesley. A irmã de Aécio, Andréa Neves, um primo e um assessor parlamentar do ex-senador também são acusados de corrupção passiva. 

O caso que estava sobre investigação do STF foi transferido para a Justiça Federal de São Paulo após a decisão de que o foro pro prerrogativa de função está restrito a crimes cometidos durante o exercício do mandato e em função dele. 

Em 2017 o STF chegou a bloquear R$ 1,7 milhão em bens do deputado, que era senador na época.

Segundo a investigação, o valor teria sido pago por Joesley Batista em quatro parcelas. A denúncia é de que o deputado teria tentado interferir na distribuição dos inquéritos da investigação, com o objetivo de selecionar delegados que poderiam aderir ao impedimento ou embaraço à persecução de crimes contra altas autoridades. 

Aécio teria atuado intensamente no Congresso Nacional para aprovar medidas legislativas que impedissem a apuração e punição de infrações penais. 

Ainda em 2017, quando foram divulgadas as delações premiadas de executivos da J&F que o citavam, Aécio comentou que após seu licenciamento da presidência do PSDB, a única prioridade estava em preparar sua defesa e provar o absurdo das acusações. 
  
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