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Ministro do Turismo usou fornecedores com CPFs inexistentes na campanha eleitoral

Publicado em: 12/03/2019 11:25 | Atualizado em: 12/03/2019 11:45

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Alvo de investigações que apontam o suposto uso de candidatos-laranja para financiar sua campanha a deputado federal nas eleições de 2018, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), também usou fornecedores com CPFs inexistentes. 

Segundo informações da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, técnicos do Tribunal Eleitoral concluíram que nove pessoas que aparecem na prestação de contas do ministro como fornecedores de serviços de panfletagem não têm CPFs registrados junto à Receita Federal. 

Com os supostos CPFs “fantasmas”, não há como comprovar que os serviços declarados pelo então candidato, de fato, aconteceram. Os contratados teriam recebido entre R$ 300 e R$ 1.000 pelos trabalhos. 

A campanha de Marcelo Álvaro Antônio também apresentou outros três prestadores de serviços temporários, mas não há comprovante de pagamento a eles na declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os valores repassados aos fornecedores com CPFs inexistentes totalizam R$ 7.400. Técnicos do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) também apontaram omissão de gastos referentes a notas fiscais emitidas por empresas. Um dos casos teria acontecido com o Facebook, haja vista que o ministro declarou ter pago R$ 47 mil à empresa, mas a rede social só apresentou faturas no valor de R$ 20,4 mil. 

Apesar de os técnicos e do Ministério Público terem se posicionado pela reprovação das contas da campanha, o relator do caso da Justiça Eleitoral de Minas aprovou a contabilidade com ressalvas e afirmou que as divergências não comprometem a "confiabilidade" dos números.

Resposta 

A assessoria de Marcelo Álvaro disse que as "supostas inconsistências" são questões "meramente formais, como erro de digitação de 12 CPFs num universo de aproximadamente 500 relacionados na prestação de contas". 

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