Investigação

Polícia Federal prende três pessoas na Operação Torrentes

Um coronel da reserva da PM do Maranhão, um advogado e um pastor tiveram prisões decretadas

Publicado em: 16/05/2018 15:27 | Atualizado em: 16/05/2018 15:35

Foto: PF /Divulgação

Três pessoas foram presas pela Polícia Federal de Pernambuco em mais uma fase da Operação Torrentes, que investiga o desvio de dinheiro em obras de reconstrução nas cidades atingidas pelas enchentes no estado e pelas secas, no Maranhão. As prisões ocorreram em Jaboatão dos Guararapes e em São Luiz. Entre os suspeitos, o coronel da reserva da Polícia Militar do Maranhão, Carlos Roberto de Souza Lima, que foi presos no bairro Renascença, na capital maranhense. Em Piedade, Jaboatão, o advogado Daniel Pereira da Costa Luca, 51, indiciado por corrupção ativa, peculado e lavagem de dinheiro. O terceiro detido, foi o pastor evangélico José Bezerra dos Santos, 62, preso no bairro do Espinheiro, sob acusação de tráfico de influência. As prisões dos três envolvidos foram decretadas pela 13ª Vara da Justiça Federal. 

Os três presos foram interrogados no Recife e no Maranhão e em seguida foram encaminhados para fazer exame do corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), passaram por audiência de custódia onde foi confirmada as suas respectivas prisões preventivas para depois serem conduzidos aos respectivos sistemas prisionais. Os crimes que estão sendo lhe imputados são corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência cujas penas ultrapassam os 20 anos de reclusão. 

Com apoio da Controladoria-Geral da União e da Procuradoria da República de Pernambuco, a Operação Torrentes foi deflagrada inicialmente em nove de novembro do ano passado. A ação tinha objetivo de desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. 

A investigação teve início no ano de 2016, a partir de um relatório elaborado pela Controladoria-Geral da União com relação aos gastos efetuados pela Casa Militar na cifra de R$ 450 milhões, repassados pela União na denominada “Operação Reconstrução” para assistência às vítimas das enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul pernambucana em junho de 2010. 

Segundo a Polícia Federal, naquela ocasião verificou-se que, a depender do objeto licitado, funcionários da Secretaria da Casa Militar direcionavam os contratos a diversos grupos empresariais em troca de contrapartidas financeiras. Também foram observados indícios de superfaturamentos e inexecução de contratos.

Foram detectados, também, fortes indícios de superfaturamento em alguns contratos recentemente firmados pela Secretaria da Casa Militar com recursos públicos federais desta feita na “Operação Prontidão”, que teve por objetivo a reestruturação dos municípios da mata sul pernambucana atingidos, uma vez mais, pelas chuvas torrenciais ocorridas em maio do corrente ano de 2017.
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