ELEIÇÕES

PSB traça estratégia para tornar Joaquim Barbosa mais conhecido

Estratégia tem como base os resultados da pesquisa Datafolha na qual ele apareceu em terceiro ou quarto lugar na disputa, oscilando entre 8% e 10% da média de intenções de voto

Por: AE

Publicado em: 17/04/2018 10:38

Integrantes da cúpula do PSB observaram que Barbosa registrou bons índices nas capitais e regionais metropolitanas do País. Foto: Carlos Humberto/ SCO/ STF

O PSB quer "interiorizar" a imagem do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, potencial candidato à Presidência da República pelo partido. A estratégia tem como base os resultados da pesquisa Datafolha divulgada no domingo (15), na qual ele apareceu em terceiro ou quarto lugar na disputa, oscilando entre 8% e 10% da média de intenções de voto.

Integrantes da cúpula do PSB observaram que Barbosa registrou bons índices nas capitais e regionais metropolitanas do País, desempenho que diminui em municípios do interior. Em cidades com mais de 500 mil habitantes, o ex-ministro chegou a alcançar 13% em alguns cenários, porcentual que cai para 5% em municípios com população de até 50 mil pessoas. 

A avaliação no partido é de que moradores do interior se lembram da atuação do ex-ministro no Supremo, mas não conseguem associar isso ao nome e imagem do ex-ministro. "O pessoal do interior não acompanha a trajetória como nos grandes centros urbanos. Esse pessoal sabe quem ele é, mas não liga à imagem dele", disse o líder do PSB na Câmara, deputado Júlio Delgado (MG). 

Nessa fase de pré-campanha, em que Barbosa sequer anunciou oficialmente se será candidato, o partido quer fazer o nome e imagem dele chegarem às cidades de interior por meio das redes sociais. Alguns integrantes da legenda já começaram essa estratégia no domingo mesmo, quando divulgaram vídeo pelas redes sociais e WhatsApp contando a história pessoal e trajetória profissional do ex-ministro. 

Posteriormente, quando Barbosa assumir publicamente a candidatura, o PSB quer organizar uma agenda de viagens para ele em cidades chaves do interior do País e entrevistas a rádios locais, que possuem grande alcance na população local. "Pessoal do interior não acompanha os grandes jornais, ouve mais a "Voz do Brasil" e as rádios locais", avaliou Delgado.

O partido vai discutir um calendário de viagens de Barbosa em reunião da direção nacional na próxima quinta-feira (19) da qual o presidenciável deve participar. Segundo o presidente da legenda, Carlos Siqueira, a ideia é começar a acertar os atos de pré-campanha. "Não é só isso (viagens). Vamos tratar de outros temas para preparação da campanha", disse o dirigente ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Abaixo do potencial

Siqueira avaliou que Barbosa teve desempenho no Datafolha abaixo do potencial que o PSB espera para ele na disputa presidencial. "Foi aquém do potencial que, de fato, ele tem. O que acontece com o ministro Joaquim é que muitas pessoas não lembram o nome dele. Quando você mostra a fotografia, a pessoa lembra", afirmou o presidente da sigla. 

O dirigente partidário ponderou, contudo, que o resultado foi "excelente" quando se leva em conta que o ex-ministro sequer anunciou oficialmente a candidatura e teve desempenho acima de outros pré-candidatos mais conhecidos. "Veja que ele ultrapassou alguns que estão há meses e há anos. Ficamos satisfeitos, embora o resultado ainda não reflita o potencial", disse.

Barbosa foi incluído na pesquisa em todos os cenários testados. Ele oscilou entre 8% e 10% das intenções de voto, desempenho acima do apresentado pelo ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), que apareceu com 6% e até 8%, no melhor dos cenários. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) só chegaram a 1%.

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