Esporte Prisão de Nuzman leva o COI a tomar medidas preventivas, mas ''presunção de inocência prevalece'' O dirigente e seu 'braço-direito' são investigados pela compra de votos para a escolha da cidade-sede das Olimpíadas, além da ocultação de bens

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 05/10/2017 10:48 Atualizado em: 05/10/2017 10:54

Foto: Ian Jones/COI
Foto: Ian Jones/COI


Após prisão de Nuzman na manhã desta quinta-feira (5), o Comitê Olímpico Internacional (COI) declara que medidas preventivas precisam ser tomadas em relação ao dirigente.

A polêmica envolve o presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, e o seu 'braço-direito', Leonardo Gryner, que atua no setor de marketing do COB. Ambos são suspeitos de atuarem na compra de votos para a escolha da cidade para sediar os Jogos Olímpicos. 

Nuzman ainda é investigado pela omissão de bens, entre eles 16 barras de ouro escondidas em cofres na Suíça. De acordo com o MPF, a omissão de redimentos seria de no mínimo R$ 1,87 milhões.

Apesar das evidências, o Comitê Olímpico afirmou que irá esperar o desenrolar da investigação, bem como a resposta de Nuzman, respeitando o direito de resposta do dirigente. Por isso, no momento, "presunção de inocência prevalece". 

Em nota, o Comitê pede para que as autoridades enviem todas as informações já disponíveis para que o COI possa conduzir uma investigação própria. 

Na íntegra:

O Comitê Olímpico Internacional toma nota da prisão de Carlos Nuzman, membro honorário do COI, pelas autoridades brasileiras.

O Diretor de Ética e Conformidade do COI pediu às autoridades brasileiras informações completas para prosseguir com a investigação do COI e ofereceu a cooperação total do COI.

As atividades da Comissão de Ética do COI começaram imediatamente depois que as alegações foram feitas e a investigação está em andamento. Dado os novos fatos, a Comissão de Ética do COI pode considerar medidas provisórias, respeitando o direito do Sr. Nuzman de ser ouvido.

O COI não comentará mais sobre este assunto até que uma recomendação seja emitida pela Comissão de Ética do COI. Também reitera que a presunção de inocência prevalece.


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