PGR PGR: Edson Fachin autoriza 41 buscas e 8 prisões em Nova Fase da Lava Jato De acordo com Rodrigo Janot, crimes entre 'altas autoridades do país' continuaram a ocorrer mesmo com operação; operação teve Aécio Neves como um dos alvos

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 18/05/2017 14:13 Atualizado em: 18/05/2017 14:30

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou o cumprimento de 8 mandados de prisão preventiva e 41 mandados de busca e apreensão no final da manhã desta quinta-feira (18), em nova fase da Operação Lava-Jato. A informação é da Procuradoria Geral da República (PGR), que é autora dos pedidos.

Entre as medidas autorizadas, estão buscas em endereços residenciais e funcionais do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-RS), cujos gabinetes no Congresso foram ocupados nesta manhã por agentes da Polícia Federal.

As diligências foram executadas nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Paraná e no Distrito Federal. Elas estão ligadas à delação dos donos do grupo J&S, Joesley e Wesley Batista. Entre as medidas realizadas, estão buscas em endereços funcionais e residenciais do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-RS). Os gabinetes dos dois deputados foram ocupados na manhã desta quinta-feira por agentes da Polícia Federal (PF)

Entre os objetos apreendidos estão documentos, livros contábeis e fiscais, aparelhos de telefone, arquivos eletrônicos e valores que poderão servir como provas em novas investigações. As medidas tramitam no STF por envolver autoridades como ministros e parlamentares, que tem foro privilegiado.

Nos pedidos enviados ao ministro do STF, Edson Fachin, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chamou a atenção para a manutenção dos crimes, entre altas autoridades do país, mesmo durante as investigações da Lava Jato.

“Os elementos de prova revelam que alguns políticos continuam a utilizar a estrutura partidária e o cargo para cometerem crimes em prejuízo do Estado e da sociedade. Com o estabelecimento de tarefas definidas, o núcleo político da organização criminosa investigada na Operação Lava Jato promove interações diversas com agentes econômicos, com o objetivo de obter vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes, sobretudo a corrupção”, afirmou.




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