Diario Editorial: Em busca da retomada do crescimento Não podemos deixar de perseguir a construção de um cenário para consenso que possa impulsionar a retomada do crescimento

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 26/08/2016 07:01 Atualizado em:

Passada a Olimpíada, com um espetáculo que empolgou o mundo, está na hora de o Brasil aproveitar a criação do ambiente favorável e olhar para o futuro, com a firme convicção de que resolvida a crise política. O país não pode mais ficar paralisado, em detrimento da tão esperada retomada do crescimento, o que somente será possível com a construção de um consenso entre as principais forças políticas, econômicas e sociais brasileiras.

O  Brasil encerra a fase de caça às bruxas e cura suas feridas, retomando assim o caminho perdido. Medidas práticas devem ser discutidas com urgência, como a diminuição do tamanho e profissionalização do Estado e endurecimento da lei penal para demover agentes públicos de que pena longa não compensa o risco.

Mas o momento não deve ser de pirotecnia, e sim de serenidade, para que o enfrentamento aos desvios éticos e morais não se torne uma ribalta iluminada por potentes holofotes. A prisão dos responsáveis deve ocorrer depois de trânsito em julgado, como prevê a Constituição e defende o ministro Celso de Mello, sem que isso signifique o abrandamento das investigações no âmbito da Operação Lava-Jato, que descortinou o maior caso de corrupção na história do Brasil. Assim, evita-se o risco de transformar prisões em verdadeiros espetáculos midiáticos, sem resultados concretos. 

Ao conceder liminar para suspender a execução de mandado de prisão expedido contra condenado por crime de homicídio em primeira instância, o decano do STF ressaltou: “Nenhuma execução de condenação criminal em nosso país, mesmo se se tratar de simples pena de multa, pode ser implementada sem a existência do indispensável título judicial definitivo, resultante, como sabemos, do necessário trânsito em julgado da sentença penal condenatória”. Esse é o pensamento que deve nortear os agentes do poder.

Não podemos  deixar de perseguir a construção de um cenário para consenso que possa impulsionar a retomada do crescimento. Assim, sairemos mais rapidamente da crise: com a volta do controle fiscal, do pleno emprego e das condições de sobrevivência das empresas. Vivemos um dos momentos mais graves de toda a nossa história e só com a união de todos os segmentos da sociedade um novo ambiente de otimismo fincará raízes duradouras. Combalidos. O país precisa deixar de andar em círculos e retomar o caminho do crescimento com passos firmes. Em direção ao futuro que tanto merece, compatível com a grandeza de seu povo.


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