Julgamento do impeachment
Dilma Rousseff: 'Ninguém pode descumprir a Constituição'
A principal sustentação de Dilma é de que não cometeu crime de responsabilidade e que, por isso, sua condenação se trataria de "golpe"
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 29/08/2016 20:59 Atualizado em: 29/08/2016 21:43
A presidenta eleita Dilma Rousseff faz, nesta segunda-feira, a sua primeira participação presencial no processo de impeachment. Mesmo sob o risco de enfrentar duros ataques de senadores adversários, a petista deve enfrenta o embate para se defender das acusações que pesam contra ela. A principal sustentação de Dilma é de que não cometeu crime de responsabilidade e que, por isso, sua condenação se trataria de "golpe". Ela é acusada de ter publicado decretos que elevaram despesas mesmo quando a meta de economia do governo (superávit primário) estava sendo descumprida. E também de ter maquiado as contas públicas por meio das "pedaladas fiscais", que são atrasos no repasse de recursos para cobrir empréstimos com juros subsidiados concedidos pelo Banco do Brasil a produtores rurais.
Por volta das 20h30, Lewandowski sugeriu a Dilma interromper por algum tempo para que ela recupere a voz. Ela, entretanto, negou-se e pediu a continuidade da sabatina.
Dilma Rousseff negou que tenha cometido crime de responsabilidade fiscal. "Não houve nenhum gasto maior. E foi comprovado pela perícia do próprio Senado", defende-se a presidente afastada, em resposta ao senador José Reguffe (sem partido-DF). "Eu asseguro que haverá uma consequência direta que já está acontecendo. O gestor, ao invés de conseguir a meta, ela vai fazer como? Colocando uma meta frouxa, pois ao fazer isso, não precisa recorrer ao parlamento para mudar o decreto. O que vai imperar é a irresponsabilidade fiscal".
"Ninguém pode descumprir a Constituição. E nem os Senadores. Na verdade, ninguém. De fato, a Constituição veda. Ocorre que a cada ano, o Congresso aprova uma Lei Orçamentária, que autoriza, desde que as alterações sejam compatíveis com a obtenção de resultado primário. Ela mesmo autoriza a abertura de certos créditos". "Temos um grande desafio pela frente de como fazer recuperar a economia. E para isso é fundamental a inflação reduzir e a política de valorização do real. Isso pode ser responsável por impactos fortes da inflação", afirmou a presidenta eleita.
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Por volta das 20h30, Lewandowski sugeriu a Dilma interromper por algum tempo para que ela recupere a voz. Ela, entretanto, negou-se e pediu a continuidade da sabatina.
Dilma Rousseff negou que tenha cometido crime de responsabilidade fiscal. "Não houve nenhum gasto maior. E foi comprovado pela perícia do próprio Senado", defende-se a presidente afastada, em resposta ao senador José Reguffe (sem partido-DF). "Eu asseguro que haverá uma consequência direta que já está acontecendo. O gestor, ao invés de conseguir a meta, ela vai fazer como? Colocando uma meta frouxa, pois ao fazer isso, não precisa recorrer ao parlamento para mudar o decreto. O que vai imperar é a irresponsabilidade fiscal".
"Ninguém pode descumprir a Constituição. E nem os Senadores. Na verdade, ninguém. De fato, a Constituição veda. Ocorre que a cada ano, o Congresso aprova uma Lei Orçamentária, que autoriza, desde que as alterações sejam compatíveis com a obtenção de resultado primário. Ela mesmo autoriza a abertura de certos créditos". "Temos um grande desafio pela frente de como fazer recuperar a economia. E para isso é fundamental a inflação reduzir e a política de valorização do real. Isso pode ser responsável por impactos fortes da inflação", afirmou a presidenta eleita.
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