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Turbulência Corpo de Morato segue no IML sem ter quem assine liberação

Por: Júlia Schiaffarino

Publicado em: 01/07/2016 19:46 Atualizado em:

O corpo do empresário Paulo Cesar Barros Morato, 49 anos, permanece no Instituto de Medicina Legal (IML), sem que nenhum familiar tenha aparecido para assinar a liberação dele. A movimentação de jornalistas em frente ao IML foi grande durante toda a sexta (1), mas até o fechamento do local, às 18h, ninguém havia procurado por ele para realizar o sepultamento.  Morato foi encontrado morto há nove dias no Motel Tititi, em Olinda. Ele era procurado pela Operação Turbulência sob acusação de ser dono da empresa Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem LTDA, investigada por lavagem dinheiro para beneficiar políticos. Os recursos seriam usados para financiar campanhas do PSB.

Informações extraoficiais apurada no IML dão conta de que a família de Morato teria tratado da liberação com diretamente com a gerência do Instituto, de maneira a realizar o sepultamento da maneira mais discreta possível. A Secretaria de Defesa Social não confirmou se esse contato e destacou, apenas, que durante o expediente do IML, ao longo da sexta, ninguém deu entrada para retirar o corpo e que nenhuma liberação é feita após às 17h. A família tem até 10 dias a contar de 1 de julho para realizar o procedimento de liberação, caso contrário Morato será enterrado como indigente.

A causa da morte de Paulo Morato foi a ingestão de “chumbinho” de rato (organofosforado), o que caracteriza morte por envenenamento. A hipótese de suicídio, inicialmente levantada, porém, ainda não foi confirmada, permanecendo, portanto, a suspeita de que ele tenha sido assassinado. A expectativa é de que também dentro de dez dias sejam divulgados os resultados dos exames feitos no corpo do empresário. Eles foram encaminhados para um laboratório na Paraíba.

Enquanto isso as investigaçõesseguem em meio à polêmicas, sendo a maior delas a denúncia feita pelo Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) de que a ordem da delegada titular do inquérito, Gleide Ângelo para realização de uma perícia complementar no Motel havia sido ignorada. A perícia nunca foi realizada e a SDS alegou “falta de comunicação” para justifica o descumprimento.



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