Deputado estadual Ricardo Costa: "Candidatura do PSB em Olinda passou do tempo"

Por: Tércio Amaral

Publicado em: 27/10/2015 14:34 Atualizado em: 27/10/2015 16:30

O deputado estadual Ricardo Costa (PMDB) ganharia facilmente o título de pré-candidato mais “otimista” de Olinda. No momento em que os partidos ainda fazem suas articulações, não definindo se os nomes lançados disputarão as eleições de 2016, Ricardo não só garante seu projeto, como também opina sobre seus adversários e até aliados na Frente Popular. Em entrevista ao programa Em Foco desta terça-feira (27), apresentado por Aldo Vilela na Rádio Globo Recife 720 AM, o peemedebista declarou que a candidatura do escritor Antônio Campos, em Olinda,  já teria “passado do tempo”.

“Legitimamente, todos têm o direito de postularem. Agora, isso é uma construção. Eu acho que o PSB está tentando construir essa candidatura. Só que talvez tenha passado do tempo. Acredito que tenha passado do tempo”, declarou. Antônio Campos é irmão do ex-governador Eduardo Campos e também pré-candidato em Olinda. Caso confirme sua postulação, seria um “concorrente” de Ricardo Costa no mesmo campo político: a Frente Popular, liderada no estado pelo governador Paulo Câmara (PSB).

De acordo com Ricardo Costa, sua candidatura em 2016 teria sido alvo de uma conversa com o ex-governador Eduardo Campos. Ainda filiado ao PTC, Ricardo estava conversando com a população de Olinda e trabalhando em um plano de governo para a eleição de 2012. “Eduardo me chamou para conversar e pediu unidade na Frente Popular em Olinda. Ele pediu para adiar a postulação e deixasse para um momento posterior e ele estaria com a gente. Eu atendi o pedido e quis o destino que Eduardo partisse prematuramente”, contou.

Para o deputado federal, o projeto político do PMDB em Olinda é uma “questão de honra”. Recentemente, o partido anulou uma convenção e destituiu um diretório na cidade. Com a disputa interna, a filha da ex-prefeita Jacilda Urquiza, ainda do PMDB, a advogada Izabel Urquiza, saiu do partido e se filiou ao PSDB. “De 2000 a 2015, na antiga direção, só fez 350 filiações. Em apenas 15 dias de troca de comando e a notícia correndo na cidade, essa nova direção colocou nos 15 dias mais de 480 filiações novas. Mais do que aconteceu em 15 anos”.

A saída de Izabel seria resultado de uma punição do partido por ela ter apoiado Felipe Carreras (PSB) como deputado federal no ano passado. A orientação do partido era que todos apoiassem a candidatura de Jarbas Vasconcelos (PMDB). “O PMDB de Olinda hoje está unido. A ex-prefeita Jacilda continua no PMDB, eu acredito que é uma pessoa de bom senso. Eu não quero menosprezar ninguém, mas esse é um caminho de quem não queria entendimento (Izabel). Talvez, a Izabel não queria entendimento”.

Meta ousada em 2016

Depois de um cenário de enfraquecimento, o PMDB de Pernambuco que sair dos atuais sete prefeitos para conquistar de 20 a 30 prefeituras. Segundo Ricardo Costa, a legenda está fazendo o “dever de casa”, conquistando novos filiados e reconquistando antigas lideranças, que saíram do partido e estão voltando. “Aqui ele tinha dois fronts para combater e combatia. Eduardo Campos (ex-governador), que no primeiro mandato combateu Jarbas com cano de ferro, e o segundo front que era o PT. Jarbas ficou aqui sem inserção contra dois fronts. Ele se dedicou o seu mandato a nível nacional. O PMDB diminuiu e acomodou-se com isso. Mas agora vamos recuperar isso”.



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