Swissleaks Humberto Costa garante viabilidade da CPI do HSBC

Publicado em: 27/02/2015 11:42 Atualizado em: 27/02/2015 12:31

Foto: Ivan Melo/Esp. DP/D.A.Press/Arquivo
Foto: Ivan Melo/Esp. DP/D.A.Press/Arquivo

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, assegurou nesta sexta-feira (27) a viabilidade da Comissão Parlamentar de Inquerito (CPI) que investigará o envio de mais de U$ 7 bilhões do brasil para o exterior de maneira irregular. Com a apoio dos 14 senadores do PT, a CPI atingiu 33 assinaturas, seis a mais que o necessário para ser instalada. Entre os mais de 106 mil correntistas envolvidos, em todo o meundo, estariam 8.667 brasileiros responsáveis por 6.606 contas que movimentaram mais de U$ 7 bilhões entre os anos de 1998 e 2007.

"Esta Comissão Parlamentar de Inquérito será extremamente importante para elucidar fatos que, até agora, têm sido colocados em segundo plano no Brasil", apontou Humberto.

"Eles representam um processo de sonegação de dezenas de bilhões de dólares em todo o mundo e, no Brasil, estima-se que mais de 8 mil pessoas estejam envolvidas com remessas de divisas irregulares para o exterior", explicou o senador ressaltando a necessidade de investigação.

De acordo com o líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, o Senado pode exercer a dianteira das investigações, tendo em conta que ainda não há investigação em curso no Brasil sobre o tema. "Nós podemos dar uma grande contribuição, esclarecendo a dimensão efetiva que esse esquema de sonegação tem no Brasil", pontuou.

Protocolado ainda ontem pelo seu autor, o líder do PSol, Randolfe Rodrigues, o requerimento de instalação da CPI foi lido na manhã de hoje no plenário do Senado. Com isso, a indicação dos membros que irão compor a comissão, bem como a eleição do presidente, do vice e da designação do relator, deverá ocorrer na próxima semana.

Escândalo

De acordo com o noticiado no escândalo chamado Swissleaks, o banco HSBC na Suiça atuou de forma fraudulenta para acobertar recursos de milhares de clientes, evitando que eles arcassem com obrigações fiscais ou precisassem explicar a origem dos recursos, práticas que poderiam envolver atividades criminosas. O esquema foi definido pelo britânico Financial Times como o maior esquema de ecasão fiscal do mundo.

Com informações de assessoria



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