Só de papas entre vivos e mortos
Vladimir Souza Carvalho
Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras
Publicado em: 22/07/2023 03:00 Atualizado em: 22/07/2023 05:37
Roma, 16 de junho. Do restaurante do hotel, no café matinal, vejo a torre do Vaticano. De manhã cedo, demandamos em direção à rua. No primeiro sinal, ainda na rua do hotel, ao passar para o outro lado, o sinal vermelho, a rua se encheu de motos, com sirenes, interrompendo o trânsito. Fiquei curioso, a atenção voltada para o que ia ocorrer de inusitado. Aconteceu. Outras motos. O mesmo barulho. Alguns carros pretos. No meio, um carro branco, quando ouvi Vladimir gritar: é o papa. Ou seja, o papa vinha do hospital, onde tinha sido operado. Ainda vi sua cabeça por trás. Foi um acontecimento. Terceiro dia em Roma e o papa aparecia em nosso caminho.
Não ficou só aí. Seguimos adiante. Meia hora depois, na Corso Emanuel Vitorio, a mesma cena. As motos barulhentas parando o trânsito, sinal de que o papa vinha em seguida, como veio, Pedro filmando a sua passagem, e, por algum tempo, foi o assunto que predominou. Sem precisar ir à Praça de São Pedro, no domingo, para vê-lo acenar, estamos a ver, embora rapidamente, o papa passar. Mandamos mensagens para o Brasil. A proeza merecia realce.
O fato se encerra. Nas igrejas e basílicas, por nós palmilhadas, seguindo o planejamento de Cristiane, os papas continuaram presentes, agora em sepulturas. Em uma delas, escusas não ter anotado o nome, o corpo de um papa aparecia, com uma máscara de ferro, a enfatizar o tamanho do nariz papal, o restante do corpo com vestes conservadas. Qual deles, um quinto, que a falta de anotação me prejudicou na sua identificação, embora me lembre de alguns, sepultados em basílicas outras, como João XIII, Inocêncio VI, Clemente XIII, Pio V, Pio IX, Pio X, Pio XI, Bento XV. Clemente III, Clemente VIII, Cisto V, sempre destacados como Pontífice Máximo.
Numa basílica, cuja larga porta vem dos tempos medievais, ingressei na sala de venda de objetos religiosos. Pude, então, me lembrar do susto que a morte de Ionnes Paulus PP. I, ou seja, cardeal Albino Luciani, me causou, eu, que fazia parte de seus admiradores, e da simpatia sempre nutrida por Benedetto XVI, deles adquirindo um pôster, que me acompanharam a viagem inteira. Posso estar errado, mas penso não ter o papa Francisco parado para me cumprimentar, porque, de antemão, já sabia que não estava no rol dos meus papas prediletos. Sério, mesmo.
Não ficou só aí. Seguimos adiante. Meia hora depois, na Corso Emanuel Vitorio, a mesma cena. As motos barulhentas parando o trânsito, sinal de que o papa vinha em seguida, como veio, Pedro filmando a sua passagem, e, por algum tempo, foi o assunto que predominou. Sem precisar ir à Praça de São Pedro, no domingo, para vê-lo acenar, estamos a ver, embora rapidamente, o papa passar. Mandamos mensagens para o Brasil. A proeza merecia realce.
O fato se encerra. Nas igrejas e basílicas, por nós palmilhadas, seguindo o planejamento de Cristiane, os papas continuaram presentes, agora em sepulturas. Em uma delas, escusas não ter anotado o nome, o corpo de um papa aparecia, com uma máscara de ferro, a enfatizar o tamanho do nariz papal, o restante do corpo com vestes conservadas. Qual deles, um quinto, que a falta de anotação me prejudicou na sua identificação, embora me lembre de alguns, sepultados em basílicas outras, como João XIII, Inocêncio VI, Clemente XIII, Pio V, Pio IX, Pio X, Pio XI, Bento XV. Clemente III, Clemente VIII, Cisto V, sempre destacados como Pontífice Máximo.
Numa basílica, cuja larga porta vem dos tempos medievais, ingressei na sala de venda de objetos religiosos. Pude, então, me lembrar do susto que a morte de Ionnes Paulus PP. I, ou seja, cardeal Albino Luciani, me causou, eu, que fazia parte de seus admiradores, e da simpatia sempre nutrida por Benedetto XVI, deles adquirindo um pôster, que me acompanharam a viagem inteira. Posso estar errado, mas penso não ter o papa Francisco parado para me cumprimentar, porque, de antemão, já sabia que não estava no rol dos meus papas prediletos. Sério, mesmo.
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