Néctar dos deuses
Álvaro Eugênio
Eng. Agrônomo
Publicado em: 24/07/2023 03:00 Atualizado em: 24/07/2023 05:51
“O mel cai do céu, principalmente durante o nascimento das estrelas e quando o arco-íris descansa sobre a terra”, poeticamente proclamava Aristóteles, no século IV a.C. O hábito do consumo do mel é algo que vem de profundas raízes históricas e de ancestralidade, sendo consumidos até mesmo pelos primeiros hominídeos e primatas menos evoluídos. Consiste, também, no alimento mais amplamente difundido no planeta Terra, sendo comum até mesmo em antigas civilizações. Na egípcia, por exemplo, foram encontrados potes de mel em tumbas faraônicas ainda intactos e prontos para o consumo, mesmo após milênios, em virtude de características e composição que dificultam a proliferação de micro-organismos.
Na mitologia grega, o “néctar” sagrado servido aos deuses era uma bebida fermentada a partir do mel, onde apenas os que se constituíam no panteão olímpico poderiam fazer o seu uso e garantir a sua imortalidade.
Em Pernambuco, temos produção de mel em todas as regiões, resultando em méis de diferentes sabores. No semiárido, onde são produzidos 90% do mel pernambucano, converge em relação ao ambiente, onde no bioma da caatinga se configura como o mais produtivo, pois há um condicionamento em virtude das floradas pós-chuvas. Tal aptidão ocorre por se delinear um mel único no mundo com uma flora endêmica, sendo apreciado pela sua pureza e pela pouca contaminação de polens de espécies cultivadas. Méis de floradas de aroeira e marmeleiro, por exemplo, são mais apreciados em virtude do sabor e de características medicinais.
No litoral, temos preciosidades interessantes. O mel da florada do manguezal resulta em um sabor único e pouco explorado comercialmente. Chamado popularmente de mel “Chico Science” em alusão ao cantor recifense imortalizado por traduzir o ecossistema ao ambiente cultural. Sem contar com o mel produzido no Arquipélago de Fernando de Noronha, que possui uma estirpe de abelhas europeias introduzidas há centenas de anos.
Tais preciosidades poderiam ser mais difundidas e, sem dúvida, seria procurado por todo o Brasil, agregando valor e aumentando a renda dos apicultores locais.
Na mitologia grega, o “néctar” sagrado servido aos deuses era uma bebida fermentada a partir do mel, onde apenas os que se constituíam no panteão olímpico poderiam fazer o seu uso e garantir a sua imortalidade.
Em Pernambuco, temos produção de mel em todas as regiões, resultando em méis de diferentes sabores. No semiárido, onde são produzidos 90% do mel pernambucano, converge em relação ao ambiente, onde no bioma da caatinga se configura como o mais produtivo, pois há um condicionamento em virtude das floradas pós-chuvas. Tal aptidão ocorre por se delinear um mel único no mundo com uma flora endêmica, sendo apreciado pela sua pureza e pela pouca contaminação de polens de espécies cultivadas. Méis de floradas de aroeira e marmeleiro, por exemplo, são mais apreciados em virtude do sabor e de características medicinais.
No litoral, temos preciosidades interessantes. O mel da florada do manguezal resulta em um sabor único e pouco explorado comercialmente. Chamado popularmente de mel “Chico Science” em alusão ao cantor recifense imortalizado por traduzir o ecossistema ao ambiente cultural. Sem contar com o mel produzido no Arquipélago de Fernando de Noronha, que possui uma estirpe de abelhas europeias introduzidas há centenas de anos.
Tais preciosidades poderiam ser mais difundidas e, sem dúvida, seria procurado por todo o Brasil, agregando valor e aumentando a renda dos apicultores locais.
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