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Casas que dominaram a noite do Recife - 2

João Alberto
Jornalista

Publicado em: 04/09/2020 03:00 Atualizado em: 04/09/2020 05:02

Cave: Foi durante muitos anos o grande local da noite recifense. Ficava no térreo do Hotel Miramar, num espaço elegante. Foi cenário de várias brigas, algumas que destruíram totalmente a casa. Depois, passou a se chamar Gaslight.

Inconfidente: Ficava na galeria do Hotel Vila Rica e tinha um porteiro muito rigoroso. Certo dia, um grupo pegou um cavalo que andava na praia e levou para a porta da boate, tentando entrar com ele. Foi uma confusão enorme, mas, claro, o animal não entrou.

Disco 34: foi aberta junto com a inauguração do Hotel Jangadeiro, tentava lembrar o famoso Studio 54 de Nova York, sempre com muita gente na porta.

Mitsy: Foi a primeira boate LGBT do Recife, que era frequentada por todos os públicos. Comandada por José Roberto Castro, o Fefé, abriu na primeira semana de 1979, na Rua do Riachuelo, em frente à Faculdade de Direito. Fechou depois de problema na Justiça do Trabalho e reabriu na Rua das Ninfas, onde hoje é o Club Metrópole.

Soparia: Abriu em 1991 na Herculano Bandeira, no Pina, e funcionou por sete anos. Começou como local para tomar uma sopa no fim de noite, mas virou uma boate. Comandada por Roger, deu espaço para as bandas do movimento manguebeat. Depois de um show no Recife, a banda Paralamas do Sucesso se apresentou sem cobrar cachê. Fechou em 1999, com show do Cordel do Fogo Encantado. Chegou a ter uma unidade no Recife Antigo, mas sem sucesso.

Quatro Rodas: Na época em que foi o hotel de maior sucesso no Grande Recife, o Quatro Rodas de Olinda tinha na cobertura, uma discoteca que atraia, nos fins de semana,, os nomes de maior destaque na nossa sociedade.

Cristal: Era na Conselheiro Aguiar, onde hoje é loja de Jairo Pimenta. Foi durante um bom período, a preferida da turma mais jovem

Broadway: Ficava na cobertura da Galeria Centro Sul, era muito luxuosa, comandada pelos irmãos Nápoles. Funcionou com sucesso durante alguns anos.

Som das Águas: Ficava nas Graças, às margens do Rio Capibaribe, com música ao vivo e espaço para um grande número de músicos. Pertencia ao médico Racine Vieira e seu irmão Ravel, que até hoje reúnem artistas na sua casa, para recordações.

Over Point: Funcionou durante 16 anos, na Rua das Graças, e tinha uma característica: abria à meia-noite, com a música New York, New York. Sempre tinha fila para entrar e os frequentadores caprichavam nas roupas, tudo muito chic. Tentou abrir depois no Recife Antigo, mas sem êxito.

Sanatório Geral: Uma casa nas Graças, que brilhou durante muitos anos. Era um bar, mas também espaço para dançar, com radiola de ficha. Sempre cheio.

Audrey: Além da pista de dança, que incluía sucessos do jazz, MPB, blues e rock n’roll, a Audrey Dining Club ainda oferecia um cardápio delicioso, além da decoração maravilhosa.

Spirit: Era na Rua do Futuro, no local onde funcionava a pizzaria Zuppe. Fez sucesso por muitos anos e tinha um palco onde se apresentavam bandas do cenário musical da nossa cidade. Eram famosas suas noites das quintas-feiras.

Nox: Na Domingos Ferreira, tinha um formato caixão, com dois andares e uma escada imensa, onde muita gente caiu. Com uma decoração e jogo de luzes futuristas, era enorme com mais de mil metros quadrados. Era dos irmãos Romero e Sérgio Bivar e fechou em 2011.

Western Saloon: Mistura de bar e boate, foi o point da nova geração na década de 90. Quem frequentou vai lembrar dos drinques Cucarachas e B52s. A casa ficava onde funcionou até pouco tempo a Arcádia de Boa Viagem. Tinha até um touro mecânico, para os corajosos mostrarem suas qualidades, especialmente para as meninas que paquerava.

DOC: Ficava na Avenida Boa Viagem, era subterrânea e fez sucesso com a turma jovem até 2014. Tinha uma decoração moderníssima e seu banheiro fazia tanto sucesso que todo mundo tirava uma foto nele. Na época, é bom lembrar, não havia selfie.

Para terminar, espaços alternativos que atraíram muita gente conhecida: O Vivencial Diversones, no Complexo de Salgadinho, a danceteria Pedra no Sapato, no Jiquiá, o Circo Voador, no Recife Antigo, e o Cantinho da Dalva, em Beberibe.

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