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MYANMAR

Mortos em Myanmar após terremoto ultrapassa 2700 pessoas

Entidades de apoio humanitário alertam que falta comida, água e abrigo

Publicado em: 01/04/2025 14:20 | Atualizado em: 01/04/2025 14:36

4.521 pessoas estão feridas e 441 desaparecidas (Crédito: LILLIAN SUWANRUMPHA / AFP)
4.521 pessoas estão feridas e 441 desaparecidas (Crédito: LILLIAN SUWANRUMPHA / AFP)

Segundo declarou o líder militar de Myanmar, Min Aung Hlaing, o número de mortos em Myanmar já ultrapassou os 2700, 4.521 pessoas estão feridas e 441 desaparecidas, após o terremoto de 7,7 de magnitude registrado na sexta-feira (28).

Já as entidades de apoio humanitário alertam que falta comida, água e abrigo. As agências internacionais já advertiram que o país não tem recursos para lidar com um desastre dessa magnitude.

Além disso, a guerra civil em Myanmar, onde a junta tomou o poder num golpe militar em 2021, complicou os esforços para chegar ajuda aos feridos e desalojados pelo maior terremoto do país do Sudeste Asiático em um século. O controle acirrado dos militares também nas redes de comunicação e os danos nas estradas, pontes e outras infraestruturas intensificaram os desafios para os trabalhadores humanitários

"Nas áreas mais afetadas as comunidades lutam para satisfazer as suas necessidades básicas, como o acesso a água potável e saneamento, enquanto as equipes de emergência atuam incansavelmente para localizar sobreviventes e prestar ajuda vital”, afirmou o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

O Comitê Internacional de Resgate (IRC) afirmou que eram necessários abrigos, comida, água e ajuda médica em locais, sobretudo, como a cidade de Mandalay, perto do epicentro do abalo sísmico. “Depois de terem vivido o terror do terremoto, as pessoas temem agora os tremores secundários e estão dormindo ao relento, nas estradas ou em campos abertos”, aponta um relatório do IRC.

A Anistia Internacional defende que a junta militar do país tem de permitir que a ajuda chegue a zonas do país que não estão sob o seu controle. “Deve permitir imediatamente o acesso irrestrito a todas as organizações humanitárias e remover as barreiras administrativas que atrasam as avaliações das necessidades. Mas, o exército de Myanmar tem uma prática de longa data de negar ajuda a áreas onde os grupos de resistência estão ativos”, indicou Joe Freeman, investigador da Anistia.

Os grupos rebeldes também reportaram que sofreram ataques aéreos da junta militar após o terremoto.

Na vizinha Tailândia, as equipes de resgate permanecem com as buscas por sobreviventes nos escombros de um arranha-céu que colapsou na capital Bangcoc, mas reconhecem que o tempo esta contra eles. Até agora, 13 mortes foram confirmadas no local da obra, e há 74 pessoas desaparecidas. O número total de mortos no país chegou a 20 pessoas.

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